"A irmã Delfina Josefa Gonçalves Monteiro, nascida na Quinta dos Prados, na freguesia das Panóias de Cima, em 29 de setembro de 1944, brindou o mundo com a sua presença por 79 anos durante os quais teve abertura à graça e buscou a virtude.
A segunda duma fratria de 5 irmãos, foi muito dedicada aos pais, irmãos, sobrinhos e demais família. Foi, dos irmãos, a primeira a partir que a descrevem como um coração de bondade. Partiu no passado dia 19 de fevereiro, após ser diagnosticada com um cancro disseminado. Com algumas consultas e internamentos recentes, as análises nada tinham acusado. Sabemos, portanto, ter sido um cancro com uma evolução galopante.
Foi em 29 de julho de 1964 que ela deu os primeiros passos em direção à sua missão espiritual ao ingressar na Liga dos Servos de Jesus, no Outeiro de São Miguel.
Desde então, sua peregrinação foi marcada pela dedicação discreta ao serviço de Deus e ao bem-estar daqueles ao seu redor.
Dotada de uma personalidade gentil e piedosa, a irmã Delfina era conhecida pela sua integridade moral. Foi um testemunho vivo do amor de Deus aos mais pequenos, expresso em atos de bondade, compaixão e retidão.
Por mais de duas décadas, ela serviu fielmente no Seminário Menor, no Fundão, onde desempenhou múltiplos papéis com diligência e devoção.
Desde atender à porta e ao telefone até à confeção das hóstias e o cuidado da capela, esta irmã era um espírito firme mas também um coração pulsante da comunidade, conhecida e acessível a todos.
A sua presença afetuosa e acolhedora atraiu os pequenos seminaristas, que a consideravam como uma segunda mãe. O seu amor e cuidado pelos pequenos transparecia em cada gesto, em cada palavra de conforto e em cada sorriso que generosamente compartilhava.
Dotada de qualidades notáveis, Delfina encontrou a continuação da sua vocação em Fátima, onde coordenou a 'Casa de Nossa Senhora do Rosário de Fátima', um equipamento da Liga dos Servos de Jesus destinado ao acolhimento de todos os sacerdotes da Diocese da Guarda que ali queiram ficar e a peregrinos em geral. Seu coração compassivo e sua disposição para servir fizeram dela uma presença inspiradora para quem procurou este serviço.
A irmã Delfina partiu deste mundo para a eternidade no dia em que a Igreja celebra os santos Francisco e Jacinta Marto, que ela tanto amava.
Que seu exemplo de amor e serviço seja, agora, uma fonte de vocações para a Liga dos Servos de Jesus.
Descanse em paz."
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