VIDA
CONSAGRADA E MISSÃO
(RESSAIBOS
DA MENSAGEM DO PAPA
NO DIA
MUNDIAL DAS MISSÕES)
O
Mês de outubro de cada ano é marcado pela mensagem do Papa para o Dia Mundial
das Missões. O Papa integra a celebração do Dia Mundial das Missões e a sua
mensagem deste ano na dinâmica da Vida Consagrada. A Vida Consagrada liga-se,
necessariamente, à temática da Missão.
Se
todo o batizado deve testemunhar Jesus e anunciar a fé que recebeu em dom, com
maior razão todo o que se consagra de modo definitivo aos compromissos
batismais deve realizar, em si e para os outros, esta missão. Na mensagem, o Papa
vai recordando os seguintes pontos:
* Viver de Cristo e celebrá-Lo é
proclamar constantemente o Seu “Envio / Missão ” por parte do Pai a todo o
género humano.
* Se a Vida Consagrada é parte
integrante da Igreja estando-lhe inabalavelmente ligada na sua vida e
santidade, sendo a Igreja toda ela missionária de harmonia com a sua cabeça que
é (Cristo), então a Vida Consagrada só se entende na medida em que se consagra
às missões. Quem segue Cristo, não pode
deixar de se tornar missionário. Caminhando, falando, respirando e
trabalhando com Cristo, cada consagrado
“sente Jesus vivo com ele no meio da tarefa missionária. (…) Toda a missão é
uma paixão por Jesus Cristo e ao mesmo tempo, uma paixão pelas pessoas”. Se
se pede à Igreja a vivência do seu dinamismo missionário, com maior razão e
veemente se deve pedir aos consagrados constantemente “… convidados pelo Espírito a partir para as grandes periferias da missão
onde o Evangelho ainda não chegou”.
* Ao celebrarmos os cinquenta anos
do Concílio Vat. II é mais que urgente “repropor
o ideal da missão com o seu centro em Jesus Cristo e a sua exigência na doação
total de si mesmo ao anúncio do Evangelho”.
* Não deixa de ser fundamental a
verdadeira inculturação do Evangelho. Por isso toda a Missão “ enfrenta o desafio de respeitar a
necessidade que todos os povos têm de recomeçar das suas próprias raízes e
salvaguardar os valores das respetivas culturas. A Missão, quando verdadeira,
reconhece em cada povo e cultura o direito de se fazer ajudar pela própria
tradição na compreensão do mistério de Deus e no acolhimento do evangelho de
Jesus, luz e força transformadora das mesmas culturas”.
Os
pobres são tema querido a este Papa. Eles são, sempre e em toda a parte, os
primeiros destinatários do Evangelho. Os pobres, os humildes, os doentes, os
desprezados, os esquecidos e os que não podem retribuir são os privilegiados de
Jesus. Por isso mesmo, também a Missão se destina a eles em primeiro lugar.
Também
o voto de pobreza a que se consagram os religiosos seguindo Cristo, deve
sinalizar neles a preferência total de Cristo pelos pobres. Os que assim se
consagram, vivendo como eles na precariedade da vida diária e na renúncia ao
exercício de qualquer poder manifestam inequivocamente a alegria do Evangelho e
a expressão da caridade de Deus.
“A
paixão do missionário é o Evangelho”.
A
Liga dos Servos de Jesus que faz suas as preocupações da Igreja, não pode
alhear-se a todo este dinamismo pedido pelo Santo Padre. Como nos poderíamos nós
alhear se temos entre mãos o sonho de Angola ainda a dar os primeiros passos?
Na
mensagem, quando o Papa se dirige aos jovens, pede-lhes: “ não deixeis que vos roubem o sonho da verdadeira missão de um
seguimento de Jesus que implique o dom total de si mesmo. (…) Vai a Liga
consentir que algo nos possa roubar esse sonho?
Nesta
linha de pensamento, hoje, mais do que nunca, urge para nós, Liga dos Servos de Jesus, calcular a nossa
disponibilidade para aceitar a Missão naquilo que a define: “ um
dom de amor ao serviço do anúncio do Evangelho que, antes de uma necessidade
para quantos o não conhecem, é uma carência para quem ama o Mestre”.
Quanto
mais amarmos o Mestre, mais nos sentiremos “coagidos” a ir ao encontro do outro
em verdadeira Missão. Este é o desafio que urge para todos nós.
Guarda, 01-10-2015
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P. Alfredo Pinheiro Neves
(Assistente Geral)
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