Na cronologia do tempo iniciou-se mais um ano... Que a LUZ do Deus Menino ilumine cada dia os nossos passos!!!
Neste mês de janeiro, o Papa Francisco, dirige a sua mensagem de
Ano Novo ao povo de Deus subordinando-a ao tema: “ Não mais escravos, mas irmãos”.
Este deve
ser um dos primeiros compromissos de quem acaba de celebrar e de viver o Natal.
Celebrar o Natal é libertar-se. Libertar-se e considerar o outro, seja ele quem
for, como verdadeiro irmão. Alicerçados sobre este lema, necessariamente a PAZ
(nome do nosso Deus e do Menino nascido em Belém), não estará longe e assentará
arraais bem perto de nós e na nossa vida.
É
necessário, diz o Papa, banir todos os
tipos de escravidão. E quantos não serão eles; e em quantas não estarei eu
envolvido(a). “ Não mais escravos,
mas irmãos”, pede o Papa.
Como poderia
Deus ser nosso Pai se porventura não tratasse a todos como filhos? Como poderá
Ele atender aos nossos pedidos se somos os primeiros a fazer calar, ignorar e a
reprimir a voz de quem sofre?
Porque nos
identificamos com o nosso Deus; porque Ele assumiu a condição de todos nós;
porque o Verbo encarnado se esvaziou a si mesmo; porque o Verbo se dedicou
totalmente a servir-nos como escravo; porque o Mesmo foi morto e morte de Cruz,
ressuscitou e sentou-se “à direita” do Pai; porque Ele foi constituído Senhor e
Juiz dos vivos e dos mortos; porque o Amor de Deus foi derramado em nossos
corações e com Ele podemos clamar: “Abba/Papá” eis porque se torna
imperioso aceitar o outro como irmão, também ele amado e redimido pelo mesmo
Deus que nós adoramos; porque a todos nós está prometida e reservada a mesma
herança; porque o Amor de Deus nos inunda, eis o fundamento da nossa radical
igualdade em Deus capaz de derrubar todo o tipo de escravidão.
Urge pois
modificar o nosso olhar face ao outro. O outro é meu irmão, não da velha
aliança mas da aliança definitiva: “...não
vos deixeis tratar por mestres... e vós sois todos irmãos”. Urge tomar
atitudes próprias de quem é irmão: bom, fiel e verdadeiro. Rejeitem-se ações
similares às de Caim, às dos filhos de Jacob para com José e de tantos
outros... “Vede que amor tão grande o Pai nos concedeu, a ponto de nos
podermos chamar filhos de Deus; e, realmente, o somos!” (1ª Jo. 3,1)
É verdade que hoje, mais do que nunca, são bem subtis e
maquiavélicos os modos e maneiras de escravizar. O Papa enumera muitos deles.
Certamente não todos... Mas se é necessário libertarmo-nos de todos os tipos de
escravidão, a escravidão do pecado é a maior. Desta escravidão só o próprio
Deus nos pode libertar e conceder as graças necessárias para fugir dela.
Escrevia S. João:
“Quem comete o pecado é do diabo, porque o diabo peca desde a
origem. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do
diabo.Todo aquele que nasceu de Deus não comete pecado,
porque um germe divino permanece nele; e não pode pecar, porque nasceu de Deus. Nisto é que se distinguem os filhos de Deus e os filhos do
diabo: todo aquele que não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não
ama o seu irmão”(1ª Jo 3,8 ss).
A
todos os Servos e Servas de Jesus BOM
ANO DE 2015.
Guarda, 2015-01-01
Guarda, 2015-01-01
P. Alfredo Pinheiro
Neves
(Assistente Geral)
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