Na homilia que proferiu na capela do Outeiro de São Miguel, o sr. bispo alegrou-se com a presença do Monsenhor Fernando Silva de Matos, o postulador da causa de beatificação/canonização do sr. D. João, e também com o comparecimento das outras pessoas concelebrantes: D. António Moiteiro, P.e Manuel Igreja e todos nós que, naquela celebração, dávamos graças e pedíamos a bênção do Senhor para os nossos trabalhos que, fez votos, eles encarnassem, cada vez mais, as intuições do fundador.
Referiu que o processo de beatificação/canonização estava agora numa fase em que depois de reconhecido que o servo de Deus tinha virtudes heroicas, se esperava um sinal e que, os sinais, é preciso pedi-los. Mas, também disse que era preciso estarmos atentos para os reconhecer, pois Deus manda-nos, todos os dias sinais. Então, devíamos era, também, pedir, ao Senhor, que nos desse a capacidade de os identificarmos e de os retirarmos da camuflagem em que eles se encontram envoltos.
Na liturgia do dia, fazia-se memória do bispo São João Crisóstomo que, na sua vida, lembrou D. Manuel da Rocha Felício, teve momentos maravilhosos, até o tinham sido chamado: o boca de ouro; mas, que também suportara dificuldades, de tal maneira que teve que ir para o exílio. É que a vida é feita de circunstâncias singulares que têm as suas amarguras e que, de vez em quando, existem até situações que nós nem entendemos.
Por isso, quando Lucas, no evangelho acabado de proclamar, contrapunha os pobres aos ricos, os que vivem na abundância aos que têm fome, aqueles que choram aos que riem e, aqueles que são difamados aos que são bajulados, nós podíamos reconhecer, aí, o sinal que nos indicava o caminho que Deus nos propunha e que é: "aspirar às coisas do alto"
E aspirar às coisas do alto era: fortalecer a nossa boa relação com Deus, na qual organizamos todas as outras relações. Isto porque, segundo o orador, a relação com Deus é estruturante para o nosso viver. A relação com Deus não era limitável a um quarto de hora, mais uns vinte minutos e outros trinta, durante o dia. Não. A nossa relação com Deus, defendeu o sr. D. Manuel Felício, tinha que ser constante e precisava de ser alimentada. Pelo que, acrescentou, os que ali estávamos, com coragem, queríamos fortalecer essa relação com Deus alimentando-nos da Eucaristia e O queríamos, cada vez mais, colocar no centro da nossa vida.
Era o próprio Senhor nos estava a dar, uma vez mais, a indicação de como nós devíamos ser fiéis e traduzir nas circunstâncias atuais os comportamentos que o sr. D. João inspirou. Que éramos os portadores dessa confiança que Ele em nós coloca; e que, quando alguém tem confiança em nós, tínhamos que corresponder e não ser uma desilusão.
A terminar, o sr. bispo D. Manuel Felício, lembrou que estávamos no ano que assinala o centenário da sagração episcopal do sr. D. João e que no próximo ano seria o centenário da fundação da Liga dos Servos de Jesus. Segundo o prelado, os dois centenários completam-se e nós íamos vivê-los em conjunto, para tirarmos o melhor partido para a nossa vida pessoal e para a vida da Liga dos Servos de Jesus. Sim, nós estávamos ali a pedir, ao Senhor, que nos iluminasse e desse e ânimo para seguirmos em frente.
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