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A Irmã Isabel não deixará de usar a sua bonita voz para cantar eternamente as maravilhas do Senhor...


Ir. Isabel Pereira dos Santos

Isabel Pereira dos Santos, nasceu em Vila Fernando, no dia 02 de Novembro de 1928. Foram seus pais: António Silvestre Aires e D. Maria Joaquina Pereira.
Cativada pelos ideais de D. João de Oliveira Matos entrou na Obra por ele fundada. Foi acolhida na Comunidade do Outeiro de S. Miguel, onde sempre serviu e se se dedicou a todas e cada uma das crianças. Quando as forças lhe faltaram foi-lhe incumbido entre outros serviços a expedição do jornal “Amigo da Verdade”. Trabalho simples, monótono e que passa despercebido tanto quanto nós o rasgar da “cinta do correio” que o faz chegar ao destino.
Sempre assídua aos atos de culto e demais devoções era de pontualidade constante. Voz harmoniosa nunca deixava de entoar cânticos ao Senhor. Atenta aos demais nunca se exasperava e se perdia a paciência jamais o manifestava. Não lidei muito com ela. Mas creio que esteve sempre nas muitas atividades de formação. Gostava de saber e sobretudo de compreender. Raramente não tinha uma pergunta a fazer ou um pormenor a esclarecer. Fazia-o com simplicidade e quando algo não era suficiente de imediato voltava a perguntar.
Discretamente as forças foram-lhe faltando. Quase ninguém se apercebeu, só os elementos da sua comunidade.
Depois de alguns dias de doença mais intensa, acabou por falecer na comunidade do Outeiro. Foi aqui que sempre viveu e trabalhou. Era dia de Páscoa, 01 de Abril de 2018. Quem nesse momento a tratava de uma ferida num dos pés, nem se apercebeu da sua “Passagem”. O Senhor, muito discretamente, chamou-a a Si para, definitivamente,  assim entrar na Pátria celeste. Foi a sepultar, no dia seguinte, no cemitério da Arrifana.
Presidiu às exéquias fúnebres o Pe. Alfredo Pinheiro Neves, Assistente Geral da Liga. Serviram de tema de reflexão as leituras desse mesmo dia. A liturgia da palavra desta oitava, é marcada por uma expressão singular e fé viva, na Ressurreição de Jesus, Fonte única donde dimana toda a ressurreição.
Estiveram presentes cinco sacerdotes que concelebraram com o Presidente da Assembleia. A encomendação final foi feita pelo pároco, Cónego Manuel Joaquim Geada Pinto. O cortejo fúnebre rumou depois até ao cemitério da Arrifana onde esta irmã foi sepultada.
A toda a família enlutada, foram apresentadas sentidas condolências.
Que junto de Deus O louve eternamente, celebrando o Seu Amor.


Comentários

Vasco disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Vasco disse…
Estarás sempre guardada no meu coração
Vasco disse…
Quando aqueles com responsabilidades sobre o crescimento das crianças que lhe foram confiadas aonde o invéstimento deixou de ser prioridade no desenvolvimento das capacidades humanas tendo em vista o conhecimento
Quando esses mesmos apenas por questões ideológicas demagogas e teimosia apenas viam com tábua de salvação as oficinas
Foste tu quem em mim sempre acreditou e tudo fez para que voltasse a estudar
Consegui arrancar a ferros o 6 ano depois de vários anos impedido de o fazer
Foste tu que lutas te com todas as forças para que isso tivesse sido possível
Obrigada por sempre teres estado ao meu lado

Por tudo isto deixei de me poder curvar perante aqueles que nessa altura nos cortavam as pernas
Impedindo assim que os direitos fundamentais de uma criança fossem salvaguardada
É nesse sentido jamais deixarei de manifestar o meu descontentamwnto perante essa impossibilidade
Éramos apenas pecas de um xadrez
Jogadas e usadas a medida dos interesses daqueles que tendo a responsabilidade sobre nós nos impediram de crescer
Por essa razao não deixarei de manifestar o meu repúdio
Erros dum passado
Com graves consequências no futuro
Unknown disse…
Uma grande Mãe,sem ser mãe,Comprensiva,carinhosa,sempre atenta e disponivel para aqueles,que lhe eram confiados,Paz à sua Alma.
Vasco disse…
Quando irmãs como ela desaparecem do nosso tempo
Fica a memória em cada um daqueles que com elas privamos nos anos melhores das nossas vidas
Porém a medida que desaparecem o nosso Outeiro morre aos poucos por falta não apenas de novas vocacoes mas porque existe uma cúpula escondida por detrás que prefere apagar das nossas memórias aquilo que de melhor cada um de nós recebeu
Elas morrem ninguém se lembra de telefonar para as nossas casas para que pudesse estar presente no seu funeral
Eu porém já me tinha despedido desta irmã isabeI
Dificilmente a iria voltar a ver em vida
Mas vou guardar a sua memória no meu coração
Estes que hoje seguem preferem apagar da memória aquilo que de melhor nos foi dado a conhecer
O contacto com muitas das nossas irmãs
Quando estas pessoas com responsabilidade esquecem que existe vida para além do silencio dificilmente conseguiram apagar das nossas memórias aqueles que aprendemos amar
Que com defeitos e virtudes nos fizeram homens de hoje
Por tudo isso valeu a pena ter privado com muitas destas irmãs


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