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“A Consagração feita a Deus, quando efectiva, leva-nos à Herança eterna e simultaneamente infunde em nós o direito de reinarmos com Cristo…”


CONSAGRAÇÃO DE MARIA TAVARES

Foi no domingo dia 10 de Janeiro de 2016; festa litúrgica do Baptismo de Jesus; Casa de Santa Luzia - Guarda. Houve eucaristia solene presidida pelo sr. Bispo D. Manuel da Rocha Felício. Concelebrantes os reverendos padres: P. Alfredo Pinheiro Neves, Assistente Geral da Liga dos Servos de Jesus, Cónego P. Manel Alberto Pereira de Matos, Vigário Geral, P. Joaquim Álvaro de Bastos, Capelão do ULS e o Sr. P. Hélder Lopes, Vice-reitor do Seminário. Irmãs Servas de Jesus das diferentes comunidades da Guarda. Um motivo acrescido: a Consagração de Maria Laurinda Tavares, há um ano a trabalhar em Kilenda – Gabela – Angola, como membro da Liga dos Servos de Jesus, agora entre nós e com partida já marcada para o dia 21 de Janeiro rumando em missão para Kilenda, onde se encontram a Ir. Conceição Alpendre e a D. Isabel Varandas. A Liturgia do dia, revestiu-se de cânticos litúrgicos adequados, quer ao Baptismo de Jesus, quer à Consagração a realizar.
Após a Liturgia da Palavra o Senhor Bispo explanou as leituras  enquadrando-as nos motivos da festa. Deus será sempre Pai, sempre Amor. Jamais poderá deixar de se revelar no Seu Filho. Também a nossa dignidade cristã nasce do nosso baptismo. É pela força deste e do sacramento do Crisma, que cada um de nós se sente enviado por Deus. Com mais razão alguém se sentirá enviado quando, livremente, se consagra a Deus e de modo explicito e, em Igreja, assume radicalmente a sua vocação baptismal. É com o Filho e por amor ao Filho que nos sentimos e somos enviados “Ad gentes”, às periferias, mesmo a nós próprios, já que seremos sempre terreno fértil de evangelização.
É deste modo que a Maria é enviada em missão eclesial e diocesana. A nossa diocese sempre cultivou e foi arauta no campo missionário. Quantos missionários não partiram dela! Se hoje, por razões várias, assim não acontece, é tempo de restaurar tão salutar “tradição”. Hoje fazê-lo com o envio da Maria. Que a sua entrega radical, revele o seu querer e o fazer a Vontade do Pai.
Após a celebração da Eucaristia fomos convidados, uma vez mais, pela Coordenadora Geral para a refeição que se seguiu. Esta decorreu dentro da normalidade. No final, não podiam deixar de aparecer os habituais brindes e votos de vida plena ao serviço de Jesus e do Seu reino.
Usaram da palavra o Assistente Geral, a Coordenadora Geral, o Sr. Bispo e houve ainda o agradecimento por parte da vocacionada.
O Sr. P. Alfredo congratulou-se com a Festa litúrgica do Baptismo de Jesus; uma festa trinitária; festa do Amor recíproco de Deus Pai pelo seu Filho; amor que a todos nos abrange graças à vida que temos em Jesus, renascendo por Ele e n’Ele. Amor que se manifesta no nosso baptismo, na nossa confirmação e na eucaristia. É nesta dinâmica que se entende a festa da Consagração da Maria. A sua missão será a de levar e a de dar a conhecer o amor trinitário de Deus a todos os que cruzarem o seu caminho. Amor que não deixará de estar, de modo muito singular sempre presente nela. Com o Reino de Deus nela alicerçado, constantemente se há de sentir convidada a partilhá-lo com os demais. Procedendo assim ainda mais se concretizará a divisa do nosso Fundador e a vontade de S. Paulo: “É Preciso que Ele Reine”. Que realmente Ele até ao dia em que Ele e nós com Ele, nos sentarmos à direita do Pai. A Consagração feita a Deus, quando efectiva, leva-nos à Herança eterna e simultaneamente infunde em nós o direito de reinarmos com Cristo. Finalizou saudando a família da Maria, de modo particular a sua mãe, que, mesmo ausente, se encontra sempre presente no coração da sua filha. Com a sua muita idade ela vê-a, a partir de hoje, ainda mais realizada a primeira consagração da Maria feita ao Senhor no dia em que a levou ao baptismo. A derradeira palavra foi endereçada à irmã Glória que, nesse dia, celebrava o mais um aniversário natalício. Que a Liga continue sempre fiel à sua missão. Terminou.
A Irmã Graça, Coordenadora Geral, usando da palavra foi salientando e já o tinha feito na Capela, a alegria e a esperança que nos vai inundando a todos por este mesmo acontecimento. Face à realidade da Liga que temos nunca será demais recordar que todos os elementos da mesma, não deixam de ser bênção de Deus e expressão do Seu Reino. Formulou ainda votos a que outras pessoas não deixem de buscar o mesmo ideal e sejam atraídas pelo ideal do Senhor D. João.
A terminar o Sr. Bispo quis encerrar este momento festivo. Fê-lo depois de a Maria ter agradecido aos presentes a festa proporcionada. A Maria pediu orações por si, para a nova missão e para uma perfeita fidelidade à mesma.
Sem querer repetir o que disse na homilia, o Sr. Bispo deixou bem patente que a Maria se consagra como Serva de Jesus numa dinâmica e vertente missionária, também esta própria do Sr. D. João o qual calcorreou a nossa diocese e demais lugares, durante toda a sua vida, numa verdadeira actividade missionária. É nesta perspectiva que se lhe pede a sua consagração. À Maria e à sua família desejou as melhores bênçãos de Deus e apostolado fecundo. Saudou, por sua vez, a irmã Glória e brindou ao Amor de Deus difundido em todos nós.

 

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