Hoje despedimo-nos de uma pessoa extraordinária, que deu a vida a servir os outros, e que fez a diferença na história dos que tiveram a sorte de privar com ela ou de serem seus educandos.
Estamos a escrever sobre Maria Gaspar Fonseca Monteiro, nascida em 17 de fevereiro de 1933, no Peroficós, município de Sabugal.
A comunidade onde deu entrada foi a Cerdeira do Côa.
Depois, dedicou alguns anos à missão em Monte Brito e em diferentes casas da Liga dos Servos de Jesus. Mais de metade da sua vida, contudo, residiu e dedicou-a à escola no Outeiro de São Miguel.
Na capela onde diariamente rezava e comungava, em redor da urna com o seu corpo presente, além das irmãs, amigos e simpatizantes da Liga dos Servos de Jesus, estiveram várias instituições, como a autarquia da Guarda, na pessoa do seu presidente; e também muitos dos que foram seus alunos.
A eucaristia foi presidida pelo sr. bispo, D. Manuel da Rocha Felício e concelebraram vários sacerdotes.
A capela cheia foi o melhor testemunho da sua competência e dedicação. De como preparou muitos para os desafios da vida, sendo ela mesma um modelo de perseverança e resiliência.
Preocupava-se genuinamente com cada um, interessava-se pelas nossas famílias e histórias, mesmo depois de termos deixado de ser utentes da instituição.
Se o Outeiro de S. Miguel é um lugar acolhedor, onde todos nos sentimos bem-vindos, em grande parte a ela se fica a dever, pois tinha as qualidades de uma anfitriã abnegada.
Os votos, agora, são de que o seu legado nos inspire a sermos mais atentos, dedicados e generosos com aqueles que estão ao nosso redor.
E se não for só uma feliz coincidência ter o funeral no dia em que começa a semana de oração pelas vocações, a si confiamos, o envio de muitas e santas vocações para a Liga dos Servos de Jesus e para a Igreja.
Comentários
Para aqueles que tiveram a oportunidade de conviver com a irmã Gaspar tenho a certeza que todos ficamos mais ricos
Olhar em frente e esperar que a semente por ela semeada possa nascer
A Obra precisa urgentemente de quem ocupe o lugar que vai ficando cada vez mais vazio em nossas casas
Paz a sua alma
Vasco En Suisse
Vou lá várias vezes, onde estive nos dia 5, 19 e 23 deste mês de Abril. No dia 5 vi pela última vez, ainda em vida a Irmã Gaspar junto da telefonista, com quem conversei e ouvi da voz dela a expressão habitual, "Olha o Zé". Falámos uns minutos, despedimo-nos um do outro sem sabermos que seria a ultima vez que conversaríamos. Voltei dia 23 para me despedir definitivamente dela nesta vida terrena. Adeus Irmã Gaspar, gostaria de podermos reencontrar-nos, se Deus quiser.
José dos Santos Baptista, ex-residente no OSM de 1961 a 1967.