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Bem-aventurados os puros de coração. Aqueles que agem com intenção sincera... Os que procuram ter uma atitude e comportamento em tudo conforme à vontade de Deus... Reconciliados com Deus, consigo mesmos e com os outros, eles vivem assim em profunda paz, que irradiam à sua volta.

IRMÃ ALDA DOS REIS TEIXEIRA

Em cerdeira do Côa, no ano de 1928, nascia, da Família de: José Alves Teixeira e sua esposa: Laura dos Reis, mais dois rebentos (gémeos) a quem foram dados os nomes de: Alda dos Reis Teixeira e Isaías Reis Teixeira. Engrossaram assim a família onde já existia uma irmã mais velha a Lurdes, aguardando todos pelo nascimento de mais uma menina a quem deram o nome de Graciosa. A ir. Alda e a Ir. Graciosa consagraram-se ao ideal de D. João: “É preciso que Ele reine” e ingressaram na Liga dos Servos.
Quase nada se sabe da vida da irmã Alda, nem tão pouco do modo como ela se terá sentido atraída pelo Fundador. Tendo pertencido ao grupo das “servinhas” no Rochoso a verdade é que sempre a vimos mais associada à comunidade do Centro Social da Guarda. Tal como alguém me recordava: Ela foi como as violetas - não dão nas vistas- só fica o perfume do bem  que se faz a favor dos que precisam. A ir. Alda  era polivalente nas atividades realizadas no Centro de Assistência Social. Tratava dos pobres; fazia visitas domiciliarias  às casas das pessoas levando-lhes alimentos ou   aliviando-as nas doenças e outros sofrimentos; Foi “enfermeira” (sem curso);  Pessoa muito simples,  disponível sempre para ajudar e ajudar em tudo; Também sempre e muito acolhedora”.
Deixou esta comunidade quando a doença se apoderou dela e se recolheu ao Centro de S. João de Deus. Aí a encontrávamos sempre com boa disposição até ao dia em que partiu para a casa do Pai. Era o dia três de Junho de 2018, por volta das nove horas.
Esteve em câmara ardente na Casa de Santa Luzia. O funeral realizou-se no dia seguinte. Presidiu ao mesmo o Assistente Geral: P. Alfredo Pinheiro Neves. Outros sacerdotes estiveram presentes e concelebraram a Eucaristia: P. Manuel Matos, P. António Luciano Santos Costa, o recém-eleito e futuro bispo de Viseu, P. António Abel Albino, P. Joaquim Álvaro de Bastos e P. José Martins de Almeida.
Das leituras escolhidas (Act. 10,34-36 e Jo.12,23-28) o Assistente da Liga salientou o facto de Deus nunca fazer acepção de pessoas tratando-nos a todos como filhos, irmãos e sobretudo templos do Seu Amor. Afirmou que a irmã Alda se revelou sempre como aquela pessoa que verdadeiramente amava a Deus (temente a Deus) procurando sempre a salvação (Justiça) no mesmo Deus. Foi assim que ela se tornou agradável a Deus. Mais ainda. Ela tornou-se semente que não ficou só, mas entregando a sua vida de modo generoso e morrendo se tornou “fruto abundante” para o mesmo Deus. A sua simplicidade, a sua generosidade, a sua docilidade, a procura e a execução da vontade de Deus bem como a alegria que revestia a sua paz fizeram dela oferenda pronta e agradável à Trindade.
Terminada a Eucaristia a irmã Alda foi levada até ao Cemitério Municipal II da Guarda, onde, depois de encomendada a Deus, baixou à sepultura.
Apresentamos sinceras condolências a todos os membros da sua família, particularmente à sua Irmã Graciosa felizmente entre nós na comunidade da Cerdeira do Côa. Que ela junto de Deus continue a rezar por todos.

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