Os principais objetivos da Festa da Liga são: acção de graças;reparação; unidade entre todos os membros; incentivo ao aperfeiçoamento
A primeira festa oficial da Liga dos Servos
de Jesus realizou-se no dia 29 de maio
de 1947 no Rochoso. Desde então passou a ser celebrada todos os anos com o
mesmo esquema estabelecido pelo Fundador D. João de Oliveira Matos.
Este ano de 2015 não foi exceção. Em Celorico
da Beira no dia 28 de agosto inicia-se, com a Eucaristia celebrada na Igreja de São Pedro pelo Assistente Geral
da L.S.J. Pe. Alfredo Pinheiro Neves, a Vigília de Oração seguindo-se um tempo de Adoração ao Santíssimo e a Procissão Eucarística transportando o Santíssimo para a
capela da casa D. João de Oliveira Matos onde a Adoração se prolongou ao longo de toda a noite.
Casa D. João de Oliveira Matos |
Capela da Casa D. João de Oliveira Matos |
No dia 29 às 11 horas foi celebrada Missa Solene na Igreja de Santa Maria
presidida pelo Senhor Bispo D. Manuel da Rocha Felicio, que é também Superior
da L.S.J.
Igreja de Santa Maria |
Após o almoço de confraternização realizou-se a Sessão solene.
O Senhor Bispo D. António Manuel Moiteiro
Ramos, Vice –Postulador do Processo para
a Beatificação de D. João de Oliveira Matos deu algumas informações e
apresentou mais dois livros que compilam textos escritos pelo Senhor D.
João.
Crianças que frequentam a Casa D. João de Oliveira Matos trouxeram uma mensagem carinhosa transmitida através de uma graciosa dança e comunicaram alguns pensamentos de D. João de Oliveira Matos deixando a todos a beleza da ternura e simplicidade «emoldurados» com bonitas melodias musicais.
Crianças que frequentam a Casa D. João de Oliveira Matos trouxeram uma mensagem carinhosa transmitida através de uma graciosa dança e comunicaram alguns pensamentos de D. João de Oliveira Matos deixando a todos a beleza da ternura e simplicidade «emoldurados» com bonitas melodias musicais.
A Camucha
apresentou o Relatório com os principais acontecimentos / actividades
vivenciados ao longo do ano.
O Senhor Pe. Alfredo comunicou o tema cujo conteúdo aqui fica exposto.
SESSÃO SOLENE
Sr. V ice Presidente
da Câmara de Celorico
Ex. cia
Reverendíssima
Reverendo
Pároco de Celorico
Ex. mas
autoridades
Caros colegas
Ex. mos
Senhores e Senhoras
Convidados
Numa das
habituais reuniões do Conselho da Liga foram apresentadas propostas diversas
sobre possíveis locais para a realização da Festa da Liga tal como mandam as
Constituições. Em conselho de Coordenadoras locais ficou escolhida a casa de
Celorico da Beira.
A Vila de Celorico
da Beira, desde 12 de Agosto de 1912, que se encontra relacionada com o Senhor
D. João e a Sua Obra. Nesse ano de 1912 chegava a esta terra na qualidade de pároco.
Recebido na
qualidade de pároco a formação humana das pessoas não lhe foi alheia.
Rapidamente se dedicou ao ensino do Francês no pequenino colégio aqui existente
(na Casa da família Ramires), e que era gerido pelo Sr. Professor Roque, em
cuja casa viveu e ainda pelo Sr. Mário de Sena. No Seminário do qual provinha
essa era uma das suas disciplinas. Deste modo e com o seu trabalho ia ganhando
o sustento do dia-a-dia.
Os pobres também
não lhe passaram despercebidos e logo lhes dedicou particular atenção fundando
um pequenino asilo a casa da família Metelos. Era dos magros rendimentos que
possuía que repartia com os pobres quando os visitava. Por vezes deixava-lhes o
estipêndio da missa. Adquiria pão para eles e tinha ainda tempo para repartir
com os mesmos da sua merenda quando se deslocava a terras vizinhas.
Pelas suas
mãos, à semelhança do que fizera noutra paróquia, aqui nasceu um pequenino
jornal a “Voz do Pároco”. Era uma das maneiras de se abeirar das famílias e
demais leitores incutindo neles os valores humanos e princípios cristãos. O
Boletim paroquial era impresso na tipografia “VISEENSE”.
Mas o lugar
primordial do seu ministério era de facto o púlpito e o altar. “A hora da missa
era, para ele, a grande hora do dia. Quantas
vezes, diz o seu biógrafo Sanches de Carvalho, “contrariado, insultado, perseguido fazia desse ministério uma forma de
seguir os passos de Cristo”; “ O P. Matos apareceu em Celorico totalmente
consagrado ao ministério da Palavra, na homilia, no sermão, no jornal. As suas
homilias iam direitas ao objectivo e direitas ao coração da assembleia
litúrgica”. Ficou célebre o sermão das Bem-aventuranças.
Os sermões
eram sempre pequenos, incisivos e nunca eram lidos. Ao pregar, D. João fazia-o
com a palavra e com o exemplo. Durante toda a pregação a lei sempre presente era
a Caridade.
Muito antes
dos vinte e sete meses aqui passados, o P. Matos conquistara o coração das gentes
de Celorico. Os acordes musicais dedilhados por ele, foram bem mais
interessantes que outros que se pudessem ter sido entoados ou ouvidos.
Daqui partiu
em 8 de Dezembro de 1914, depois da comunhão solene das crianças às quais
deixou lembranças da festa. O seu rumo foi Braga. Tinha sido nomeado Secretário
de D. Manuel Viera de Matos, também chamado à Cátedra Bracarense. Na hora da
despedida, muito povo o acompanhou até à estação do caminho-de-ferro. Posteriormente,
de Braga, a 28 de Março de 1915, enviou o seu último artigo para o Boletim paroquial
que criara. Está repleto se sinceridade e de gratidão para com todas as gentes
de Celorico. É realmente um “espelho cristalino no qual se vê a alma de D. João
de Oliveira Matos.
Hoje, mais que recordar parte da história da
sua vida aqui vivida,
viemos:
·
Para estar com estas gentes, com esta parte da Igreja diocesana da
Guarda;
·
Para celebrar a VIDA que D. João vive em Deus;
·
Viemos para celebrar os que o acompanharam e se deixaram seduzir
por Cristo, através dele;
·
Viemos render graças a Deus pelas gentes destas paragens e que
continuam a viver o espírito de D. João e a acarinhar a Sua Obra aqui presente
desde 1990;
·
Viemos celebrar a Vida; viemos fazer memória de um Santo que
também passou por aqui mas que se encontra em cada um dos nossos corações
quando fazemos Cristo reinar em nós;
·
Viemos celebrar convosco a mesma Fé, o único Deus, a mesma
Herança;
·
Viemos para proclamar e testemunhar uma vez mais, o espirito de D.
João;
·
Viemos para divulgar o bem que nos continua a fazer;
·
Viemos também para testemunhar o bem que queremos realizar com ele
ao divulgarmos o seu amor, o seu carisma, a sua obra e a sua espiritualidade.
·
Viemos e de forma solene quisemos celebrar os vinte e cinco anos,
bodas de prata, (próximo dia 17 de Setembro) da Casa de D. João nesta vila de
Celorico da Beira.
Por todo o
acolhimento que sempre temos tido, com D. João também nós dizemos:
Celoricenses,
“Bem hajais pela vossa hospitalidade e pelo
vosso testemunho humano e cristão”.
Que também aqui, Cristo continue a Reinar.
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