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Sermos « fornalhas» que iluminam e onde outros se vão aquecer:..


1 .  No dia 20 de Junho de 2015 realizou-se em Fátima o encontro anual dos membros da Liga dos Servos de Jesus.
Durante a manhã  escutámos a Palavra transmitida pelo Senhor Pe. Jerónimo, da Sociedade da Boa Nova. Incentivou-nos à leitura da Palavra do  nosso Fundador, D. João de Oliveira Matos e fez várias  comparações entre o pensamento do Senhor D. João  escritos  há 90 anos  atrás  e o modo de pensar do atual  Papa Francisco. 
A preocupação de haver pessoas apaixonadas por Jesus Cristo; a Santidade de vida onde todos podem entrar,  sendo cada vez mais parecidos com Jesus Cristo… Como dizia  São Paulo :« tende os mesmos sentimentos de Jesus Cristo;
 Sermos uma Igreja Missionária;   Sermos « fornalhas»  que iluminam e onde outros se vão aquecer: a  «fornalha» não é o objectivo… O importante é que Jesus Reine. Ainda conseguimos ser  Comunidades acolhedoras?
   Convidou-nos a entender a « linguagem» actual dos jovens… a colocar em acção o esquema « ver, julgar e agir…actualmente o Papa Francisco afirma: «Vou olhar para o Mundo com os olhos de Deus»
2.     Houve um tempo de Adoração Eucarística  terminando com a benção do Santísimo.
3.     Seguiu-se o almoço e tempo  livre para convívio  e devoções particulares.
  4.        Às16 horas celebrámos a Eucaristia .  Presidiu o Assistente Geral Pe. Alfredo Pinheiro Neves sendo concelebrante o Frei José Lucas dos Frades Dominicanos.
                 HOMILIA
 …        ... aceitando a  misericórdia e vivendo o perdão.
           Para que tal aconteça torna-se necessário viver na simplicidade e recordando sempre que a nossa salvação não depende de nós é sempre dom de Deus. E, nesse sentido, dizia-nos Paulo na 1ª leitura: « de mim só tenho o que é frágil… ele olhando para ele próprio via-se sempre um homem deveras  imperfeito, pecador.  Ele não se importava porque  « era  na fraqueza que se manifestava o poder de Deus»
           Sempre que nós nos reconhecemos como pecadores; sempre que nós aceitamos as nossas limitações; sempre que nós deixamos que Deus atue através de nós em favor dos outros nós assumimos aquela tarefa e a missão de Maria, ela foi a cheia de graça, ela que se tornou a  mãe de Deus tornou-se também a serva de Deus e a mãe do próprio Reino.   Se a nossa divisa é fazer com que Jesus Reine, então Maria, mãe de Jesus não pode deixar de ser também nossa  Rainha. É por isso que escolhi as orações relativas a Nossa senhora  como nossa Rainha e como nossa Mãe. Rainha porque nos ensina a vencer o pecado; Mãe porque compreende todas as nossas limitações. Dizia São Paulo: « quando sou fraco então é que Deus atua em mim e através de mim chega aos outros.
            Outro pensamento que quero partilhar convosco é a simplicidade que devemos ter na nossa vida. São Mateus transcrevendo Jesus vai-nos ensinando que a nossa simplicidade no existir, no viver, no comer, no trabalhar… todas estas simplicidades devem ser a glória do nosso Deus e dar glória ao nosso  Deus. Olhai as aves do céu… olhai os lírios do campo, simples criaturas e verdadeiramente transmissoras da grandeza de Deus! Nem Salomão com toda a sua pomposidade se vestiu como  lírios que agora vivem e à  tarde secam. Quanto mais o vosso Pai do Céu, por serdes filhos, vos dará tudo o  que necessitais. E aquilo que nós necessitamos está contido na oração do Pai Nosso: é sermos  o Louvor de Deus; é fazer a vontade do Pai; é aceitarmos o Seu  perdão e termos a certeza de que Ele em todas as nossas dificuldades não deixa de ser o Pai providente e previdente que nos atende e nos acolhe.
            Quando nos entregamos nesta radicalidade da nossa vida  aceitando a nossa condição de pecadores; quando nos entregamos à  Misericórdia  Divina e deixamos que a graça de Deus atue em nós aí  somos realmente grandes pela nossa simplicidade,  pela nossa humildade, à semelhança da Rainha, à semelhança da nossa Mãe e à semelhança  do próprio Jesus. Como dizia a 1ª leitura: Ele que tendo tudo fez-se pobre; Ele que sendo Senhor tornou-se escravo; Ele  que era a nossa Salvação assumiu as consequências do próprio pecado passando pela morte e vencendo pela Ressurreição…
            Temos Jesus como Filho de Deus, sujeito ao nada… Vencedor do verdadeiro Reino. Temos Maria a Mãe de Deus, a Escrava do Senhor.
    São estes dois parâmetros que a Mãe de Jesus e o Filho de Deus nos      ensinam a tornar-nos simples,  aceitando a graça de Deus  e a levarmos também a Salvação aos outros. Que a nossa vida seja testemunho da grandeza do nosso Deus, da nossa própria grandeza por Deus nos amar, da nossa grandeza por sermos também salvação para os outros.

 

 

 

 

 

 

 

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