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Mensagem do Assistente Geral da L.S.J. para o mês de Junho



  
 
QUERER DE AMOR, É O CORAÇÃO DE DEUS.

O mês de maio é mês escolhido para se prestar a atenção devida ao coração. Quando este falha, a vida apaga-se num ápice. Constantemente somos surpreendidos com notícias de morte súbita devido a enfartes cardíacos fulminantes. Nem se requer um esforço violento para que tal aconteça.
A Igreja, desde há muito tempo, quis consagrar o mês de junho ao Amor que Deus tem por todos nós. Esse Amor aparece na Pessoa de Jesus Cristo, o Verbo feito carne. Traduziu-se em toda a vida de Jesus e simbolicamente acabou por se expressar de modo significativo na devoção ao Seu Coração.
Ensinou-me um velho professor que dificilmente o coração (músculo) terá a ver com o Amor (sentimento) de alguém. Também um outro órgão capaz de expressar esse amor seria inadequado em si mesmo, quer para representar o amor das pessoas entre si, quer ainda para representar o amor das pessoas para com Deus e vice-versa. Há muito que a mitologia, os poetas e outras pessoas visualizaram e cantaram o amor na representação de um coração. Quando o amor não é correspondido, o coração aparece ferido.
S. João, no seu Evangelho, narra-nos que a última ação violenta contra Jesus, no Calvário, se traduziu na lança do soldado que Lhe perfurou o lado e o coração, do qual saiu sangue e água.
Sabemos que a entrega radical de Jesus a Seu Pai, feita por nosso amor, constituiu a expressão máxima do Seu amor a todo o género humano. Ao ser realizada por Jesus tornou-se a MISSÃO consumada por parte do Filho de Deus. Por ser feita por e em amor alcançou-nos n’Ele a nossa justificação/salvação.
Compreendemos então que o cristão não se deva refugiar em devoções fúteis e sentimentais roçando a “pieguice” mas procurar realizar sempre e com amor a vontade de Deus que coincide com a vontade de Jesus necessariamente atualizadas pelo Espírito Santo, verdadeiro Amor derramado em cada um de nós.
A verdadeira “residência” do amor só pode ser a totalidade da nossa pessoa, do nosso existir, quando ao serviço dos outros, à maneira do Filho de Deus (Caridade).
Mês de junho. Um mês dedicado à reflexão e ao aprofundamento do amor que Deus nos tem, de modo particular quando d’Ele nos afastamos, o ignoramos, o rejeitamos ou a Ele não nos convertemos.
É tarefa bem árdua e de todos os dias. Saber viver e expressar o nosso amor aos outros à maneira de Jesus Cristo, pode ser regra de vida para todo este mês. “ Voltai para mim de todo o coração…”, pedia Deus ao seu povo através do profeta. “Eis o coração que tanto amou os homens…”, queixava-se Jesus a santa Margarida Maria. Olhemos “para Aquele que trespassaram” e, com a Sua graça, não deixemos de olhar para os que vivem em pecado, carentes do Amor de Deus e da nossa Caridade.
“Aperfeiçoem, dia a dia, a conformidade da sua vontade com a de Deus e a sua confiança n’Ele”.

(D. João de Oliveira Matos - Regra II)
 
          Guarda, 01-06-2015
_________________

P. Alfredo Pinheiro Neves
                                                         (Assistente Geral )

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