Joaquina da Silva Fonseca, nasceu a 1 de março de 1931. Entrou para a Liga dos Servos de Jesus, na Ruvina. Esteve também no Abrigo da Sagrada Família – Guarda Gare e, ligada ao Outeiro de São Miguel, foi enviada por essa comunidade para o Monte Brito. Foi, quase sempre a cozinheira nas missões onde esteve.
Do Beiral, em Manteigas, ainda antes do 25 de abril em 74, foi para o Lar D. Isabel Trigueiros – Fundão, onde colaborava para que adolescestes e jovens ali residentes, prosseguissem os seus estudos.
E o testemunho que deram, algumas dessas jovens, ao saberem da notícia do seu falecimento, foi que era uma irmã muito bem disposta, com um riso fácil, discreto, quase constante. Gostava de anedotas e divertia-se com a simples recordação de situações caricatas que recontava a cada bocadinho.
Vivia com alegria! Sim, com aquela felicidade que o mundo não pode dar nem a doença e as contrariedades podem tirar.
Uma vez, já estava no Fundão - conta quem viu, a sua comunidade ofereceu um bolo ao seminário, a fim dos alunos e sacerdotes ali residentes fazerem a festa de aniversário ao sr . D. João, entretanto no Céu. E como este não é de se deixar vencer em generosidade, recebeu em troca, do seminário, também um bolo, e com a surpresa de ler o seu nome na decoração. Quem lá estava é que certifica: “era um bolo ainda maior que o do sr. D. João!”.
Numa outra altura, sabemos que a irmã Joaquina desabafou para alguém: “Já rezei a todos os santos que me ajudassem na doença – referia-se ao coração, com arritmias - mas continuo a sentir-me mal!”.
Contudo, desengane-se quem imaginou que ela tinha rezado a São
Pedro, São Paulo, aos antigos Patriarcas ou aos primeiros mártires
da nossa fé. Não. Quando inquirida - “a quem tinha rezado?”
esclareceu, até admirada por não ser evidente: “ Todos os santos são: O sr. D. João, o Dr. Alberto, Dr. Joaquim… e a lista continuou bastante longa”.
esclareceu, até admirada por não ser evidente: “ Todos os santos são: O sr. D. João, o Dr. Alberto, Dr. Joaquim… e a lista continuou bastante longa”.
Diálogos como este deixam-nos a certeza que, no recente dia 3 de
dezembro, ao abrir os olhos no Céu, terá sido sem surpresa que se
viu acolhida pelos santos que conhecera na terra. Ela, que soube reconhecer Jesus em cada irmão, e que desde junho de 2019
residia na Casa de Acolhimento de São João de Deus, devido a um
cancro que a minava.
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