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Se em Cristo fomos ressuscitados, onde estará o domínio do pecado e da morte? A paz nasce do amor que Deus nos tem. A ir. Máxima era, tal como cada um de nós, amada por Deus.


JUNTO DE DEUS

A Irmã Máxima dos Santos Barbosa, serva de Jesus, faleceu no dia 8 de novembro 2018, quando recuperava já, no hospital da Guarda. A notícia colheu-nos de surpresa uma vez que nada fazia prever tal desfecho e a crise maior tinha já sido debelada. Com noventa e sete anos, partiu assim para a casa do Pai.

Já era nascida, quando o Senhor  D. João resolveu fundar a Liga dos Servos de Jesus.  A Quinta de Gonçalo Martins  foi o seu torrão natal. Seus pais, Manuel Barbosa e Isabel Matildes, encontravam-se relacionados com a Cerdeira do Côa pois aí trabalharam também. A sua família numerosa como tantas outras era profundamente cristã. Chamada por Deus ingressou na Liga dos Servos de Jesus. Fiel ao seu espírito, por onde quer que a mandassem (Guarda, Cerdeira, Rochosos, S. Romão etc.) aí desempenhava a sua missão e o seu dever. Quase sempre a Cozinha foi local indicado para ela. Exímia cozinheira doava-se até ao fim.

Retirada, havia já algum tempo, encontrava-se, nestes últimos anos , na comunidade de Santa Luzia - Guarda. Daí saía diariamente, quer para participar nas Eucaristias, quer para cuidar dos seus afazeres pessoais, quer para outras missões a que fosse mandada.

Presentes na Eucaristia exequial, muitas irmãs da Liga, familiares, pessoas da Quinta de Gonçalo Martins e também Servos externos. Vários sacerdotes marcaram presença. P. Alfredo Neves, P. J. Álvaro de Bastos, P. Manuel Matos, P. Ângelo Marins, P. António Carlos Martins, P. José Geada, P. António Carlos M. Gonçalves, P. Carlos Lages e o Diácono Júlio.

A Liturgia do dia, Festa da Dedicação da Basílica de S. João de Latrão, acabou por ser “pano de fundo” para as cerimónias exequiais. Cada um de nós pertencendo à Igreja não deixa de ser Pedra viva, Templo do Espírito Santo, nova Construção em Cristo Jesus morto e ressuscitado. Em Comunhão, formamos o corpo místico de Jesus Cristo do qual Ele é a cabeça, "Basílica "condigna do grande Rei.

À luz dos textos lidos na celebração eucarística, o Presidente da mesma recordou a paz interior e a tranquilidade que a Ir. Máxima sempre revelava. Esta é oriunda da certeza de que estando Deus connosco, ninguém pode estar contra nós. Se em Cristo fomos Justificados e salvos, quem nos poderá acusar diante de Deus? Se em Cristo fomos ressuscitados, onde estará o domínio do pecado e da morte? A paz nasce do amor que Deus nos tem. A ir. Máxima era, tal como cada um de nós, amada por Deus.

Falou ainda do modo como a ir. Máxima gostava da Vida e de viver. Os seus noventa e sete anos são a prova disso mesmo. Cuidadosamente tratava da sua saúde. Amando a vida terrena, mais amava a vida que tinha em Deus. Esta, ela nutria-a com a Palavra de Deus, com a Eucaristia e comunhão diária e posterior Adoração ao SS.mo Sacramento.

Salientou finalmente o facto de a Ir. Máxima procurar a “ Perfeição” em tudo o que lhe era marcado. Em tudo procurava o mais perfeito. Dizia Jesus: “ haveis de ser perfeitos como Perfeito é o vosso Pai celeste”. A Perfeição espiritual a Ir. Máxima buscou-a na oração, na sua conversão e nas suas boas obras e que só Deus conhece.

Terminada a eucaristia e feita a encomendação, encaminhamo-nos até ao cemitério novo. Aí se realizaram as orações finais. Terminadas estas, o féretro desceu à terra repousando assim bem perto dos restos mortais de outras irmãs aí sepultadas recentemente.

O Senhor seja o seu refúgio, o seu prémio e herança eterna. À família enlutada sentidas condolências.

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