“Haveis de ser santos porque Eu o Senhor sou Santo”. Este é o desafio de Deus para toda a humanidade.
“GABRIELA»
Procurei ser
claro e conciso em todas as homilias das eucaristias que celebrei na solenidade
de Todos os Santos. Penso que consegui transmitir o essencial motivando os
participantes na celebração do Mistério.
Dias depois,
deparei-me com uma santa velhinha diante e uma montra. Não me viu e eu também
não me fiz notar. Tudo foi muito rápido. A Idosa cheia de respeito observava
lenta e minuciosamente os objetos expostos. Depois movia os lábios fazendo, por
fim, o sinal da cruz. Repetiu o gesto uma série de vezes, (quatro salvo o erro).
De seguida, em passo firme embora agastado, desapareceu na esquina
embrulhando-se ainda mais no xaile e defendendo-se do frio matinal. Penso que
ia muito feliz pela ação realizada. Era uma das suas orações matinais.
Aproximei-me.
Também eu olhei para a montra encontrando nela a razão daquelas expressões tão singulares.
A montra parecia a “corte celeste”. Lá estavam eles, esperando por quem se
agradasse da sua beleza e os viesse a adquirir. Eram bonitos, aqueles santos. ‘Benzidos’
apenas por quem os sonhou e assim os trabalhou, tornaram-se “motivo-sinal” de
veneração por parte desta simpática velhinha e evocação de todos os outros santos
ausentes. Cada um deles teve direito à “sua oração”. Cada qual foi invocado
mediante o sinal da Cruz e certamente, Deus, Fonte de toda a santidade, foi
louvado de modo singelo pelos gestos desta mulher que não parava de mover os
lábios num compasso de oração pessoal.
Dias
mais tarde, voltei a passar por lá. Já não estavam todos. Alguém os levara
dali. Certamente serão agora venerados noutro local e de outro modo. Também a protagonista
desta narrativa já se não encontrava em cena. Ela sim uma verdadeira “santa”
onde Deus diariamente, quero crer, construirá a sua casa e nela residirá também.
É que os santos também caminham no meio de nós, também vivem connosco,
aperfeiçoam-se na santidade pelos caminhos mais diversos e quase sempre ao nosso
lado. Um dia, definitivamente, entrarão na alegria do Reino e da Trindade.
Aconteceu assim com todos os que veneramos na solenidade de “Todos os Santos”.
Ter a capacidade de reconhecer o outro como
filho de Deus, aceitá-lo e conviver com ele desse modo, sem
deixar de lhe prestar auxílio, sempre que necessário e por ele ser filho
de Deus, eis o melhor mistério de viver e celebrar a
santidade de Deus expressa em nós. Quando fazemos isso é “Cristo, Filho de
Deus, que é com o Pai e o Espírito ‘o único Santo´”, Quem o realiza em nós para
a Glória de Seu Pai.
“Haveis de ser santos porque Eu o Senhor sou
Santo”. Este é o desafio de Deus para toda a humanidade.
O
Amor que Deus Trindade nos consagra, é expressão sublime da Sua Essência: A Santidade,
manancial fecundo e perene de Vida para toda a Criação.
Em
breve, haveremos de celebrar o nascimento/a manifestação da Graça de Deus para nós. É nela e por
Ela que todos somos santos. Em breve será Natal…!
Ao
venerar, a seu modo, cada imagem dos santos expostos, aquela
santa velhinha revelou-me o amor, o respeito e adoração que nutria não só para
com Deus como também para com quem O amou seguiu a seu modo.
Atuar
de forma desinteressada, discreta e abnegada é uma das chaves do apostolado. Assim agiu a nossa protagonista a quem
carinhosa e simbolicamente resolvi dar o nome de “Gabriela”.
Feliz Natal!
Guarda, 01-12-2015
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P. Alfredo Pinheiro
Neves
(Assistente Geral)
Comentários
So esta ao alcance de alguns
Ser santo no mundo de hoje e neste tempo em que oos valores sao colocados de parte
Aonde vemos gente com responsabilidade dentro da igreja a fazer desacreditar o cristianismo com a forma com que se entregam e tentam passar uma imagem de bons samaritanos mas que nao passam de autenticos hipocritas
Infelizmente a igreja fraca em modelos presiste em fazer passar uma boa imagem mas aonde encontramos gente que para atingir a fama e o poder atropela o proximo sem olhar a meios
So ha um unico caminho para atingir a santidade
E viver e praticar sempre que possivel as bem aventurancas
E viver no exemplo e comunhao com o nosso fundador
Ser santo e entregar se ao amor
Nao aquilo que por vezes faz parecer um teatro numa representacao cheia de hipocrisia sem nexo
Ser santo e viver o seu semelhante de coracao bondoso
Ser santo e viver na humildade por vezes na sombra do esquecimento da humanidade no silencio da sua propria sombra
Ser santo e viver a precensa constante do amor de Deus
Colocando o ao servico do seu senhante