A comunicação do tema foi
feita pelo Senhor Pe. José Manuel A. Martins, Pároco de Celorico da Beira, focando a mensagem, sempre actual , das Bem aventuranças.
« Proponho-vos percorrer,
espiritualmente, a parte do caminho já percorrido. Não para ficarmos presos a
certos acontecimentos do passado, mas para descobrir e tomar consciência do que
a vida já nos deu e, como nós aproveitamos o dom da vida. Percorrer a nossa
vida, ver e saborear o bem que Deus tem feito a nosso favor e a favor dos outros… e ver como Deus escreve direito
pelas linhas que nós entortamos. Descobrir os milagres de Deus na nossa vida.
Percorrer o caminho percorrido
para ver o bem que fizemos por amor ou o
bem que fizemos com vaidade para que os outros vejam… examinar o que de
negativo fizemos sem querer e o que fizemos por maldade.
Critério
a utilizar: à luz da proposta de vida que Jesus Cristo faz a todos os Homens: a proposta das Bem
aventuranças.
A esta luz vemos a missão que Jesus nos propõe:
Pobre
em espírito – é aquele que não se considera auto-suficiente;
é um indigente de Deus; esvazia o seu coração;
renuncia a si mesmo.
Ninguém consegue amar se
primeiro não for amado…há pessoas que têm dificuldade em se deixar amar… só na
medida em que acolhemos o amor de Deus e o amor dos outros é que estamos à altura de amar. É o amor que
nos permite sentir o coração dos Homens e chorar com eles… felizes
os que choram.
Felizes
os humildes - é também uma consequência
do Amor
O humilde reconhece que aquilo que é e o tesouro do seu coração são dádivas
absolutamente gratuitas de Deus. Sem
amor não há humildade.
Felizes
os que têm fome e sede de justiça
O amor de Deus é que nos
justifica. O amor leva-nos a ser justos com os outros. O amor leva-nos a lutar
para que a Sociedade seja justa…
Felizes
os misericordiosos
Fazer a experiência de
misericórdia para com os outros. Compreender o outro com o coração. Ser capaz
de perdoar as suas faltas.
Felizes
os puros de coração – É o amor que torna puro o coração e nos
faz uma pessoa autêntica, transparente e clarividente…
Felizes
os Pacificadores e Construtores da Paz
Somos construtores da paz na
medida em que amamos e somos puros de coração. A Paz constroe -se no coração
dos Homens e no seio da Sociedade ao ritmo das Bem aventuranças.
Só o Amor nos leva a ser
capazes de sofrer por Cristo e pelo Evangelho. Percorrer o caminho das Bem
aventuranças para ver até que ponto
temos acolhido o Reino de Deus em nós , temos ajudado a construir esse
Reino, receber o Reino como herança eterna…
Neste percurso espiritual o
que é que nos pode ser vantajoso ?
Ter mais confiança em Deus,
ser mais sábios, mais humildes, mais humanos, mais compreensivos com quem erra,
mais fortes, mais perseverantes.
O critério para entrar no Céu,
não é o sucesso… mas é o AMOR… O Céu será certamente muito diferente e muito
melhor do que podemos imaginar ou dizer dele. O Céu será uma surpresa por toda
a Eternidade.
A fonte da surpresa é o Amor
de Deus e o Amor de Deus não tem limites…»
Comentários
Por ela me habituei a respeitar e amar
Ora porque me foram transmitidos valores nos quais me tem sido úteis na vida ou porque no contacto com as várias irmãs recebi uma forma interior de estar e viver esta OBRA
Aquilo que me vem a memória e faz escrever e o facto de o ter tido a possibilidade de conviver com muitas das Irmãs que fazem ou fizeram parte desta família
Preocupa o facto de não haver vocações e vejo com muita preocupação um futuro que em nada parece ser acautelado
A medida que vemos muitas das nossas Irmãs fecharem os olhos e também um pouco de mim que desaparece
Porque , porque aprendi e colhi aquilo que é difícil de explicar pese embora eu as vezes dar por mim a pensar
O que me leva a não desligar da Obra depois de tantos anos de já não fazer parte dela fisicamente
Pois no meu interior é bem cá dentro sempre esteve presente em mim
Preocupa o facto de não ver quem possa dar continuidade a Obra tal qual me foi dado a conhecer
Não querendo individualizar não posso deixar de falar em algumas das Irmãs que foram autênticas referências que se destacaram na Obra
Permitem que vos falei da Irmã Guilhermina
Está Irmã eu conhecia ainda com os meus 4 anos e durante muitos anos quer em Manteigas e mais tarde no Outeiro a via como a protetora das próprias Irmãs mas não só uma amiga das crianças
A tempos aqui neste site tive a oportunidade de a ver numa das fotos é vem a memória o seu sorriso e o seu olhar atento e profundo au mesmo tempo de preocupação é de meiguice com tal ternura como que a dizer é ao mesmo tempo me pedindo para não deixar de fazer parte da Obra
Sinto não apenas é só como agradecimento ter o dever de pelo menos não me afastar por dentro da Obra sem estar presente
E se daqui pouco posso fazer pois fisicamente e impossível ao menos de uma forma sentida e espiritual tenho obrigação de não esquecer a Obra
Peço de uma forma humilde para aqueles que no passado fizeram parte desta Obra a vivam por dentro no seu interior ao mesmo tempo que não deixem de estar ao lado dela
O Senhor Dom João dizia a Obra será aquilo que Deus quiser mas se nos homens lhe virar-mos as costas não ficará está mais pobre e a mercê de alguns abutres que por interesses pessoais se prefilam para tomar conta do seu destino
Vejo o caso do Outeiro que possa cair no futuro nas mãos de um RAiMUNDO e seja transformada em uma escola de Elites das Elites desta cidade
Porém não posso deixar de chamar atenção para o facto de a Obra nos últimos anos ter perdido essas que acrescentavam pela positiva se viram obrigados a terem de deixar esta Obra
Por cansaço por desgaste e também por falta de visão e menos atento daqueles que com responsabilidade não foram capaz de ver
Não posso deixar de aqui referir a Irmã Alzira cuja a sua competência e profissionalismo para além do amor a Obra era algo que deixava transparecer
Por vezes e na maior parte os que saírem por este ou qualquer motivo são sempre os mais da Vita
Se é certo que existem pessoas que não sendo pretas cometem erros para além de todos nós está uma Instituição cujo a Obra nos foi dada e para o qual devemos ter o cuidado em defender
Que não seja por falta de diálogo que este ou aquele elemento se veja forçado a deixar a Obra com sentimentos de revolta por coisas que não passava disso mesmo coisas
E altura de nos colocar-mos junto da Obra e todos de mãos dadas possamos defender e assegurar um futuro com o passado que todos estes anos representam
Vasco
Suíça