A Ressurreição de Jesus é Glória do Pai, Salvação nossa, Alegria da Trindade e a Felicidade individual dos filhos de Deus
POR UMA FELICIDADE
PLENA!
O mês de maio é sempre
rico em celebrações de Fé. Este ano de 2017 sê-lo-á ainda mais graças às
celebrações do Centenário das aparições de Nossa Senhora de Fátima presididas
pelo Papa Francisco e com a canonização de dois pastorinhos, irmãos de sangue,
Francisco e Jacinta. Nesta ordem de ideias o mês de maio é, para nós
portugueses, o mês de Maria e o mês mais adequado para lhe prestarmos os nossos
louvores e digna homenagem.
Mas
este mês será também o mês em que se celebrará o “Tempo Pascal” por excelência ao
longo dos seus muitos domingos. Cada Domingo é pois a atualização dessa
realidade única e irrepetível - a Ressurreição de Deus feito homem e do homem
que é realmente como Deus -.
A Ressurreição de Jesus é o “centro” e “cume”
da fé cristã. Mas sempre que a celebrarmos nunca o faremos na plenitude que lhe
é específica. Em cada momento da nossa vida terrena, celebrar a Páscoa é saborear
uma pequenina parte desse mistério inefável. Mais a dignificamos e a celebraremos
se nela contemplarmos o mistério da nossa própria ressurreição em Cristo e por
Cristo; se nela celebrarmos a Vida sem fim e a Eternidade em amor.
Na
verdade, de pouco nos adiantará a ressurreição de Jesus, o Filho de Deus, se a
mesma não tiver repercussão direta na nossa existência e nas nossas “realidades
últimas”.
A
Ressurreição de Jesus é Glória do Pai, Salvação nossa, Alegria da Trindade e a
Felicidade individual dos filhos de Deus.
Todas
as festas verdadeiras manifestam a “comunhão familiar”, revelam a felicidade
dos que nela participam e a bondade de quem as promove.
Assim
acontece com o nosso Deus que faz festa connosco.
Somos
seus convivas à maneira de filhos; somos vinculados à Vida Eterna e a nossa
ressurreição com Cristo assinalará sempre a nossa felicidade. Essa nossa
felicidade nada aumentando à Felicidade que Deus é, há-de ao menos ser
expressão da Glória e da Grandeza de Deus que sendo sempre Felicidade por
natureza se revela como tal, também na e com a nossa felicidade. A felicidade
dos pais são os filhos. No nosso caso a nossa felicidade jamais deixará de ser
parte integrante do nosso Deus, pois Ele se revela em nós e constantemente
mediante o seu perdão faz Festa connosco.
Jamais
deixemos de relacionar a nossa felicidade numa dinâmica de Fé e de Esperança,
tal como fez Maria. “Feliz és Tu, porque
acreditaste que havia de cumprir-se o que te foi dito da parte do Senhor”.
Recordemos
o salmista: “Felizes os que habitam na
vossa casa, Senhor, eles Vos louvarão eternamente”.
Guarda, 01-05-2017
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P. Alfredo Pinheiro Neves
(Assistente Geral)
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NON EST HIC!
(Mc. 16,6)
Inda é alta a manhã. Eis Madalena
Vem ao esquife de Cristo para orar.
Mas não acha o Rabi, e então, de pena,
Dá largas a um fúnebre chorar.
Eis dois homens de veste resplendente
Lhe dizem: “Quem buscais?” – “Busco o Rabi!”
- Cristo, filho de Deus, Uno e vivente,
Ressuscitou, mulher! Não está aqui”.
Gomes Leal (1848-1921)
Desdobra-se no céu
a rutilante aurora. Alegre, exulta o mundo; gemendo, o inferno chora. Pois eis que o Rei, descido à região da morte, àqueles que o esperavam conduz à nova sorte. Por sob a pedra posto, por guardas vigiado, sepulta a própria morte Jesus ressuscitado. |
Da região da morte
cesse o clamor ingente: ‘Ressuscitou!’ exclama o Anjo refulgente. Jesus, perene Páscoa, a todos alegrai-nos. Nascidos para a vida, da morte libertai-nos. Louvor ao que da morte ressuscitado vem, ao Pai e ao Paráclito eternamente. Amém.
Liturgia pascal
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