O bem que é feito ao outro, é a Jesus que é feito. “tive fome, tive sede, estava doente e me socorreste ou me vieste ver”.
IRMÃ BEATRIZ DOS ANJOS SEQUEIRA
Foi
sempre desejo da irmã Beatriz, em dia de S. José ou então no seu mês, de se
apresentar diante da Misericórdia divina. Não foi no dia litúrgico de S. José,
mas aconteceu no mês que lhe é consagrado. O Senhor veio recolhê-la no trono do
seu sofrimento e no leito da sua santificação final. A Irmã Beatriz “apagou-se”
sem que alguém estivesse por perto! Liberta dos laços desta vida terrena e,
certamente acompanhada de Maria, de Jesus e de José, entrou na Glória do Pai.
Beatriz dos Anjos Sequeira, era filha de: António Sequeira e de: Maria
Amélia. Nascera em Avelãs de Ambom, no longínquo dia 25 de setembro de 1916.
Cem anos bem contados. Desde muito cedo aderiu à Liga dos Servos de Jesus a
qual sempre serviu juntamente com uma sua irmã que a quis acompanhar no mesmo
ideal.
Muitas
foram as casas da Liga por onde ela se foi gastando: Ruvina, Cerdeira, Outeiro,
Seminário da Guarda. Mais diferentes foram, as diferentes tarefas que nelas
desempenhou. Só quando as forças definitivamente se foram esvaindo é que se
recolheu na Casa de Santa Luzia Guarda e foi daqui que ela “subiu” para Deus.
Pelas
8.30 horas, do dia 29 de março, foi celebrada missa de sufrágio por ela e
outros familiares defuntos. Finda esta e como era seu desejo a irmã Beatriz foi
levada à sua terra natal. O Funeral teve lugar pelas 11.00 horas precedido pela
celebração da Eucaristia. Presidiu o Assistente Geral, P. Alfredo Pinheiro
Neves, o pároco local, P. José Geada, o P. Carlos Alberto Lages, P. Joaquim
Álvaro de Bastos. Já pela manhã tinham concelebrado em Santa Luzia os Senhores
padres: P. Alfredo Pinheiro Neves, P.Manuel Pereira de Matos, P. Hélder Lopes,
P. Luciano Costa, P. Serafim Reis e P. Joaquim Álvaro de Bastos. A Liturgia da
Palavra foi comum às duas celebrações.
Da
mesma o presidente destacou os seguintes aspetos:
·
A
vida, seja de quem for, é sempre uma dádiva de Deus. A irmã Beatriz foi isso
mesmo e para todos e durante toda a sua existência;
·
Na
Ir. Beatriz sempre primou a consciência da sua filiação divina;
·
De
igual modo nela primou a fidelidade ao compromisso de Serva de Jesus;
·
Em
si sentia a força do Amor de Deus que a tornava exigente para consigo mesma,
mas também a fazia viver sempre na simplicidade, na tranquilidade, na alegria,
na paz e no fazer o bem e com perfeição tudo o que fosse pedido. Podia demorar
o seu tempo mas, tanto quanto possível, era trabalhadora, minuciosa e perfeita.
·
É
nesta Paz de Deus e nesta alegria, sem fim e sem pressas, que ela habitará para
sempre na Casa do Pai.
·
Sublinhando
um outro pensamento da primeira leitura, o celebrante pôs em destaque que a
Irmã Beatriz em tudo quanto fez procurou ser oferta agradável a Deus.
·
Por
fim e tendo em conta o que o Papa Francisco nos ensina na mensagem desta
Quaresma, lembrou que o “Outro é sempre
um Dom”.
A ir. Beatriz enquanto pôde tornou-se dom para todos servindo. A irmã Beatriz foi ainda um
dom de Deus para todos os que tiveram de lidar com ela, sobretudo na fase
final. Com ela e através dela foi o próprio Jesus Cristo que foi socorrido. O
bem que é feito ao outro, é a Jesus que é feito. “tive fome, tive sede, estava doente e me socorreste ou me vieste ver”.
Finda
a eucaristia e a encomendação final o cortejo fúnebre rumou ao cemitério local.
Recitaram-se salmos bíblicos. No cemitério reinava o silêncio e foram contidas algumas
lágrimas não de tristeza, mas de alegria por uma missão sempre realizada ao
serviço do Amor.
Que
Este Amor lhe seja misericordioso,
eterno e de Vida.
A recordar o dia 25 de setembro de 2016... data em que a Ir, Beatriz completou 100 anos de existência.
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