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“Enquanto as comunidades não forem centros de caridade nada se fará”.


SER COMUNIDADE À MANEIRA DA COMUNIDADE QUE DEUS É!
Deus Pai é e revela-se sempre como Amor que gera Amor. Vive de Amor e para o Amor. Ele é Amor “gerante”. Amor gratuito e eterno. É Pai que não deixando de ser justo muito mais é misericordioso. Ele quer a salvação de todos nós. Ele é a salvação. É graça. É Bem eterno. O Seu Amor é para sempre estendendo-se de geração em geração.
A meu ver, hoje e sempre, precisamos que as nossas comunidades vivam e se aperfeiçoem nesse Amor que é característico do Pai. Assim todas as comunidades devem tender a serem “Sacramento” de Amor salvífico; cada um de nós que as constitui, por vontade de Deus Pai, devemos ser “sacramento/mistério” de salvação para os que vivem ao nosso lado. Mais do que nunca, cada um de nós deve pugnar pelo que é necessário e justo, pelo que é bom e necessário, também pelo que é de todos sem deixarmos de ser misericordiosos face aos que mais precisam. Só o amor nos salva. “Sede misericordiosos como o Pai”.
Ensinava o Filho de Deus: “Quando orardes dizei: Abba, seja feita a Vossa vontade…”. “A vontade de meu Pai é que eu não perca nenhum dos que me deu, mas os ressuscite no último dia”. “Eu Vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. “A vontade de meu Pai é que deis muito fruto e o vosso fruto permaneça”. “Todos os que o Pai me deu virão a mim e os que vêm a mim não serão repelidos”.
A meu ver, hoje e sempre, precisamos que as nossas comunidades se revelem ressuscitadas e ressuscitadoras. Que o desânimo, se existir, se converta em esperança e esta em posse definitiva da Vida que não se esgota, nem morre.
O Amor que Jesus é, o Amor que constrói e dá vida às comunidades tem como fim específico realizar a vontade do Pai. Deste modo, cada um de nós é convidado não só a viver como ressuscitado mas também a tudo fazer para que o outro não deixe de passar da morte à vida, do menos ao mais, de servo a filho, onde a vida que o outro tem é a mesma que eu possuo.
           O Espírito Santo derramado continuamente em nós identifica-nos com Ele e Ele próprio nos apresenta, através de Jesus, ao Pai. É o Espírito Quem actualiza constantemente em nós o Amor do Pai, a Salvação, a Paz. Ele é o nosso Advogado, o nosso Consolador, Aquele que fala em nós e por nós. “O Senhor que dá a vida”
A meu ver, é necessário que as nossas comunidades também sejam assim. Revelem-se como comunidades reparadoras. Cada qual esteja atento aos outros. Haja comunidades de oração em favor de todos. Que a oração de cada uma delas seja também de louvor e de acção de graças. Que todas elas se norteiem pela busca da verdade; sejam oásis de consolação, advogando sempre em favor dos mais necessitados. Se tal acontecer revelarão a presença do Espírito que as habita.
Bem sabemos como as comunidades, sejam elas quais forem, são sempre limitadas e imperfeitas. Perfeita e Infinita só a Comunidade que Deus é em si mesmo. Pedimos para que Esta dinamize as nossas e as reconduza a Si. Queremos colaborar com Deus na certeza de que toda a nossa colaboração será sempre uma Graça Sua. Sejamos pois fiéis. Nunca será demais recordar as palavras do nosso fundador: Enquanto as comunidades não forem centros de caridade nada se fará”.


Guarda,01-02-2017

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P. Alfredo Pinheiro Neves

(Assistente Geral)

 

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