EM
NOVO ANO PASTORAL
(ADVENTO/NATAL)
Este novo ano Pastoral de 2015/2016
há-de ser, com a graça de Deus, nova expressão da grandeza de Deus e do nosso
compromisso com os Seus dons.
Marcado pelo
“terminus” da oração feita pela “VIDA CONSAGRADA” que acontecerá em fevereiro
de 2016 somos a partir de 8 de dezembro impulsionados pela dinâmica do ano
jubilar da MISERICÓRDIA divina.
Tendo vivido
intensamente a “Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima” à nossa
diocese não nos vamos desligar do espírito celebrativo próprio do centenário
das aparições da Senhora na Cova da Iria até ao ano de 2017.
Fiéis ainda ao
que nos tem sido pedido, continuaremos em espera ativa até ao momento em que a
Igreja venha a reconhecer o Senhor D. João de Oliveira Matos como Beato de modo a
que a mesma Igreja, publicamente, o possa invocar como tal.
Também e desde
já, queremos preparar-nos para a Assembleia Geral dos Servos de Jesus, quer na
vertente de servos internos, quer externos. Com ela marcaremos o ritmo adequado
para os próximos anos.
Mas o primeiro
passo deste novo ano pastoral consiste na adequada preparação e celebração do
mistério do Natal. Hoje, mais do que nunca, necessitamos do Príncipe da Paz e
do Seu reinado. Os últimos tempos não têm sido nada pacíficos e o(s) flagelo(s) da(s) Guerra(s) são uma realidade
a cada momento. Mata-se em nome de tudo; até em nome de “Deus”. Como estão
longe os dias da promessa de que Isaías se faz eco: “(...) e um menino os conduzirá”.
Para melhor
celebrarmos o Natal não podemos deixar de nos dispor interiormente. Sempre o
temos feito. Este ano não deve ser exceção. Quantas formas não haverá para o
realizar. Escolhamos uma. Isso é o mais importante. Não posso deixar de
apresentar também uma. Tem o valor e é apenas sugestão.
Durante a primeira semana de advento (29-5) talvez fosse interessante reavivarmos aquilo que,
desde há muito, já sabemos: “O Senhor
vem!” (Maranathá). Ele
aparecerá revestido de Poder e de Glória; aparecerá como Filho do Homem e como
justo Juiz; abrirá o livro no qual estarão escritos os nomes dos redimidos.
Realmente em cada dia que passa mais próxima se encontra a parusia; nessa
altura aparecerão novos céus e nova terra. É necessário estar atento e vigiar.
Não sabemos realmente nem o dia nem a hora. Fundamental é estar preparado. “Na hora em que menos pensardes virá o Filho
do Homem”. Mas o Senhor não deixará de vir ao nosso encontro. Quando Ele
bem entende e da forma que menos suspeitamos. Aconteceu assim a todos os
santos. Um encontro pessoal e peculiar, na vida de cada um, na sua forma de ser
e de viver. Quando menos esperavam… (debaixo da figueira… de noite bem pertinho
da fogueira…, na estrada de Damasco ou no cimo de um sicómoro, na busca da
verdade ou na escuta ocasional da Palavra, observando os maus tratos
perpetrados feitos aos criados ou na leitura de obras espirituais, na figura de
um mendigo ou no modo que só eu conheço). O Senhor virá. Talvez este ano, ou
ainda hoje. Ele é sempre o Eterno Presente e ainda o que está para chegar.
Na
segunda semana de advento, (6-12) e porque é bom elaborar o
presépio, não deixemos de lá colocar as figuras que o integram. O verbo “configurar-se” talvez seja bem rico e
possa exprimir o que se pretende. Configurar-se é “tomar a figura de… ser
como…”. Desde João Baptista, José, Maria, o Menino, pastores, reis magos e
tantas outras figuras que nunca ficaram indiferentes ao nascimento da VIDA,
sejamos também nós elementos integrantes e configurados com o NOVO nascimento.
Na
terceira semana de advento (13-19) e porque o tempo passará
depressa o mais importante será mesmo reconciliar-se.
Essa semana da alegria, sê-lo-á realmente, se o perdão oferecido por Deus,
celebrado em nós e por nós, tomar conta de cada pessoa e for misericórdia para
os demais. A reconciliação dará sentido a toda a caminhada feita e
projetar-nos-á para os dias que ainda faltam…
Quarta
semana de advento, (20-23) fecharemos a ciclo e em verdadeira e serena oração poderemos pedir:
Senhor, vem (Maranathá). Que Ele chegue em breve. “com o seu amor gratuito e desinteressado e incondicional. Amor verdadeiro
e puro único capaz de pôr fim a outros amores e maneiras vãs de viver. No meio
desta caminhada se apresenta a Senhora. A Criatura Imaculada, a Cheia de Graça, a
Mãe de Deus. Ela é Virgem, Mãe, Serva e Rainha. Nela tudo é Mistério, tudo é
Deus. Fica a nossa oração pela escrita de D. António Couto, Bispo de Lamego.
Santa Maria de amor maior
Do tamanho do
menino que levas ao colo.
Diante de ti me ajoelho e esmolo
A graça de lar unido ao teu redor
.
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Protege, Senhora, as nossas
famílias
Todos os casais os filhos e os
pais
E enche de alegria mais e mais e
mais
Todos os seus dias, manhãs,
tardes, noites e vigílias.
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Vela; Senhora, por cada criança
Por cada mãe, por cada pai, por
cada irmão,
A todos os velhinhos, Senhora, dá
a mão,
E deixa em cada rosto um afago de
esperança.
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Quando
tal acontece é sempre Natal. É sempre Ressurreição.
P. Alfredo Pinheiro Neves
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