A irmã Aurora nasceu a 26 de setembro de 1931, na Castanheira. Amanhã, dia 16 de julho, será sepultada no cemitério da sua terra natal, após a missa de corpo presente na igreja paroquial da Cerdeira, marcada para as 15h30.
As suas primeiras missões desenvolveram-se no preventório infantil, D. Isabel Trigueiros, no Fundão. Nessa fase, o acolhimento de grandes grupos de raparigas, muitas delas filhas de mineiros afetados por doenças pulmonares, exigia entrega e presença constante — algo que a irmã Aurora nunca deixou faltar.
Depois, dedicou-se com empenho a crianças, também, no Patronato de Manteigas. Mais uma expressão do compromisso firme com a formação humana e espiritual das jovens que lhe foram confiadas.
Por fim, na Escola Regional da Cerdeira, além do canto nas missas diárias obrigatórias para todas as alunas, liderou equipas de basquetebol e conquistou diversos troféus. Antes de cada jogo, fechava os olhos e rezava por uma vitória — fica dica para outros treinadores que queiram bons resultados.
Gostava da comida quente, mas durante anos a fio abdicou desse conforto em nome do serviço, priorizava o bem-estar das alunas. Só depois de orientar a refeição é que se sentava à mesa, quando as outras irmãs já se encontravam a terminar.
Nas Festas anuais de final de ano, a irmã Aurora dedicava-se no que dizia respeito às danças e aos momentos musicais que, a partir do palco, animavam a plateia. A organização dos ensaios e o cuidado com os figurinos, em boa parte, recaíam nela.
Hoje, quando anunciaram o seu falecimento, a dor e a tristeza da sua partida apenas encontraram algum consolo na celebração da Eucaristia durante a qual a sua presença se tornou quase sensível: cantava com o enlevo que sempre conhecemos — voz plena, coração entregue — agora entre os coros celestes, bem junto ao trono de Nossa Senhora, de quem foi acérrima devota.
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