Desta vez não houve dúvidas. O assistente, o padre Manuel Igreja, no autocarro, ao microfone, pediu: «Quando se vem a Fátima devemos fazer algum sacrifício, cada pessoa saberá o quê. Pode ser no comer, no guardar silêncio, no uso do telemóvel, na escolha de quem procuramos para companhia... ».
Podem imaginar o nosso susto e angústia quando, depois da eucaristia, na basílica da Santíssima Trindade, entre milhares de pessoas que naquele dia celebraram os santos Jacinta e Francisco Marto, duas das nossas irmãs faltavam... E não havia meio de entrar em contacto com elas!
Sabemos agora que não se perderam nem desorientaram. Tinham escolhido saltar o almoço, fazer penitência, reconciliar-se sacramentalmente. Que fazer? Contactou-se a polícia, demos voltas pelas estradas e rotundas de Fátima, fomos até à casa da Liga “Casa Nossa Senhora do Rosário de Fátima” e inquirimos à irmã Olinda se havia notícias, ou sinal, de alguma das duas. Onde mais procurar? Estariam ao menos juntas?
Com graça, um casal amigo que tinha vindo connosco no autocarro antecipou-se: «nós os dois, vamos à capelinha das aparições. E se não estiverem lá, não faz mal, trazemos outras que lá estejam; mas..., hoje, não perdemos nenhuma das que foram confiadas à Liga. Regressaremos tantos quantos os que viemos», prometeram. E, efetivamente, lá as encontraram. Por isso ninguém lhes perguntou: “porque nos fizestes isto?” bem sabíamos que tinham que estar “a fazer os seus recados” junto de Maria.
A demais peregrinação decorreu sem incidentes. Cumpriram-se horários, partilhou-se o canto, a reza e a refeição. Saímos pelas 7:00, do Outeiro e já estávamos nas nossas casas às 18:00.
Ficou a vontade de lá voltar.
Comentários