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Guiados pelo senhor D. João de Oliveira Matos e pela sua espiritualidade não nos cansemos de Fazer Jesus reinar.



                                SESSÃO SOLENE

Ex. cia Reverendíssima D. Manuel da Rocha Felício

Reverendo Pároco de ROCHOSO

Ex. mas autoridades

Caros colegas

Ex. mos Senhores e Ex. mas Senhoras



Abrimos, uma vez mais, a Sessão Solene, parte integrante de todas as festas da Liga tal como a preconizou o nosso Fundador.

Face à disponibilidade manifestada pela Casa de Trabalho Jesus, Maria e José em levar a bom porto a realização da festa anual da Liga, o Conselho Geral da Liga dos Servos de Jesus e o Conselho das Coordenadoras Locais, escolheram a paróquia de Nossa Senhora da Assunção do Rochoso, para a realização da sua Festa de 2019.

Aqui, nestas terras da diocese da Guarda, nasceu, floresceu e deu fruto abundante, o ideal de D. João de Oliveira Matos.

- Decorria o ano de 1924, 13 de junho e já a primeira comunidade das servas se estabelecia na “casa-lavoura da família Dinis da Fonseca” gentilmente cedida para tal.

- Celebramos pois os 95 anos.

- No ano seguinte, em 11 fevereiro, constituiu-se o “embrião” do primeiro lar de crianças e jovens necessitadas.

- Em 1940 o mesmo contava já com mais de oitenta jovens necessitadas.

- Em 1942 nascia a casa designada como casa da “DIVINA PROVIDÊNCIA”. Esta tornou-se a precursora do Abrigo Infantil Jesus Maria e José. Cresceu desenvolveu-se.

- Mais tarde, pela forte ação do Sr. P. António Henrique dos Santos e graças à doação do terreno, realizada pelo reverendo Senhor Cónego João Domingos puderam ser levadas a bom termo novas instalações e que foram inauguradas no dia 28 de Agosto de 1963. Presidiu e foram benzidas D. Policarpo da Costa Vaz. Bem-feitas as contas celebramos anteontem os 56 anos desse acontecimento.

Fiéis ao ideal de D. João estiveram e estão as Servas de Jesus que por aqui se dedicaram e dedicam, de alma e de coração a Jesus implementando o Seu Reino.

Hoje, recordamos todas essas almas que no anonimato e no serviço, generosamente se deram a Deus e aos irmãos.

É por isso que a Liga dos Servos de Jesus, em cada ano que passa, não deixa de louvar a Deus e de fazer Festa com todos os que a amam, lhe pertencem e que a acarinham. Foi assim que o Fundador a sonhou, a desenvolveu e a quer.

Viemos e celebramos em comunidade, nosso Fundador D. João de Oliveira Matos. Que muito em breve o possamos venerar nos altares. Recordamos e fazemos memória dos seus mais diretos colaboradores e colaboradoras. Mais que olhar para o “berço” da Obra do Senhor D. João ou desta casa de Trabalho:

·        Viemos para proclamar e testemunhar, uma vez mais, o espírito e a espiritualidade de D. João de Oliveira Matos que a todos nos liga;

·        Viemos para divulgar o bem que nos continua a fazer;

·        Viemos também para testemunhar o bem que queremos realizar com ele ao divulgarmos o seu amor, o seu carisma, sempre em prol do Reino do Pai;

·        Viemos para agradecer todo o vosso carinho e amizade à LIGA e a todos os seus elementos-

Gente Boa do Rochoso e de tantas outras localidades: Bem hajais pela vossa hospitalidade, pela vossa colaboração e pelo vosso testemunho tão humano quanto cristão. Guiados pelo senhor D. João de Oliveira Matos e pela sua espiritualidade não nos cansemos de Fazer Jesus reinar.

Obrigado ainda pela vossa presença amiga e generosa.

                                                                              ROCHOSO, 31-09-2019

                                                                        ___________________________

                                                                                  P. Alfredo Pinheiro Neves


FESTA ANUAL DA LIGA DOS SERVOS DE JESUS
 Agosto 30/31/2019

Decorreu, nos dias 30 e 31 deste mês, a Festa da Liga dos Servos de Jesus. Foi anfitriã da mesma a Casa de Trabalho de Jesus, Maria e José do Rochoso. Motivo foi a celebração dos 95 anos da fundação desta comunidade e os cinquenta e seis anos da bênção do atual edifício feita pelo então bispo da Guarda, D. Policarpo da Costa Vaz.
A celebração desta festa começou com o tema de formação, realizado no Seminário maior da Guarda a partir das 14.30 horas até às 16.00 horas. Elaborou-o o Assistente Geral da Liga o Sr. P. Alfredo Pinheiro Neves. Versou sobre o ano missionário e o próximo outubro missionário também. A Missão seu conteúdo específico a anunciar. Ressurreição – Vida Eterna – Amor. Presentes 28 pessoas (Quase todas Servos e servas externas.
Às 22.00 horas na Igreja paroquial teve lugar a celebração da Eucaristia de Ação de graças. Presidiu o bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, concelebrando o pároco P. António Fonseca Coelho, o Assistente Geral da Liga, e o reverendo Sr. P. Bastos. Dois diáconos permanentes marcaram presença e serviram ao altar.
A Homilia esteva a cargo do Sr. P. Alfredo. Apresentou a Oração de Jesus, base única da nossa verdadeira oração. Serviu de base o texto do Evangelho de S. Mateus 11, 25-30.
- Só quando Deus se revela a cada um de nós e nos revela o seu amor, cada qual poderá rezar verdadeiramente.
- Só pode haver verdadeira oração se ela for magnânima, sem inveja e realizada como gratidão pelos dons concedidos ou ao próprio ou aos outros.
- Quando na mesma se pede a presença do Reino de Deus em nós e também nos outros.
- Para a oração ser verdadeira em nós é necessário que nos tornemos Sacramentos de Gratidão para com Deus em favor dos outros.
- Vamos sempre até Jesus nós que nos sentimos tantas vezes exaustos e extenuados.
- “É preciso que Ele reine” - escreveu S. Paulo e preconizou D. João de Oliveira Matos -.
Após a Eucaristia o pároco iniciou a hora de ‘adoração geral’ centrando-se na festividade do Corpo de Deus. No final da adoração, organizou-se a procissão da Igreja para a casa das irmãs. A bênção do Santíssimo Sacramente foi recebida no ‘hall’ de entrada da casa. A adoração prosseguiu depois na capela maior, sendo orientada, de imediato, pelas diversas comunidades.
No dia 31, às 11.30 horas, saía o cortejo litúrgico da casa ‘berço’ da liga em direção à Igreja Matriz onde se encontrava já a assembleia litúrgica. Presentes na Eucaristia, o Superior da Liga. D. Manuel da Rocha Felício, D. António Moiteiro Ramos, bispo de Aveiro e Vice-postulador da Causa de beatificação de D. João, D. António Luciano, bispo de Viseu bastantes sacerdotes e diáconos permanentes. O coro litúrgico motivou ainda mais, a assembleia, a participar mais intensamente.
Finda a Eucaristia o Vice-postulador falou ainda acerca do processo de beatificação de D. João e insistiu para que não cessámos de pedir graças em ordem ao milagre necessário e de as comunicarmos ao secretariado.
Seguiu-se o almoço, primorosamente servido a cerca de 180 pessoas.
Terminado este, seguiu-se a ‘sessão solene’ também preconizada pelos estatutos da Liga. Feita a abertura da sessão pelo Assistente, intervieram as crianças que frequentam a Instituição, com uma ‘peça teatral e musical, muito bonita, muito bem representada e com lição adequada: “Só a união faz a força”.
Depois foi o testemunho emocionado, do Senhor Sérgio, antigo aluno-utente da casa do Abrunhal-Rochoso. Com voz embargada, foi recordando o passado e todas as irmãs e outras pessoas que lhe fizeram bem e o ensinaram a ser o que hoje realmente é.
Faz parte integrante da sessão a apresentação do Relatório anual da Liga. O mesmo esteve a cargo a ir. Graça coordenadora Geral da Liga.
Seguiu-se o encerramento da sessão. Este foi feito pelo Senhor D. Manuel. Por fim terminou-se com o Hino da Liga.
Feitas as despedidas permanece o compromisso e a certeza de se ter iniciado já uma nova jornada.
 “É preciso que Ele reine”. Este o ponto de partida e de chegada também.






TESTEMUNHO
Eu sou o Sérgio.
Meu nome completo: António Sérgio Aguilar do Nascimento. Nascido e residente em Figueira de Castelo Rodrigo, casado, tenho dois filhos. Uma filha educadora, a trabalhar na Santa Casa da Misericórdia de Lamego. Meu Filho Professor primário, a exercer no Funchal. Quando morreu minha mãe alguém me trouxe para aqui, a mim e à minha irmã Etelvina. Não sei que idade teria. Ela era mais velha dez anos que eu. Eu fui ‘servinho’ no Abrunhal. Minha irmã ‘servinha’ no Rochoso. Sei que no Abrunhal eramos cerca de trinta ou quarenta miúdos. No bolso do bibe que nos vestiram estava escrito: “É preciso que Jesus reine”. Só saí daqui por volta dos dezanove, vinte anos. Aqui fomos criados pelas irmãs que cuidavam de nós. Hoje, reconheço que nessa altura, as dificuldades eram muitas.
No Abrunhal aprendemos as primeiras letras. Fizemos a quarta classe. Lembro a irmã Alcina, nossa professora e que eu um dia fiz questão de vir visitar a casa dela juntamento com o meu amigo Pedro.(…) Lembro a irmã Lucinda superiora do Abrunhal e a irmã Amélia, que tanto trabalhavam. Outras cujo nome já não recordo. Sei que está aqui o meu amigo Pedro. (…) O amigo Antero de quem vim a ser padrinho de casamento. Lembro mais amigos (…). O Simplício, que dizia que antes queria partir uma perna do que fazer o exame da quarta classe. Valeu a persistência da irmã Alcina.(…) Recordo o Sr P. Pinto nosso capelão no Abrunhal. Ali aprendemos catequese e fomos crismados. Aprendemos a amar e a adorar a Deus (…) Uma vez por mês, à vez ou em grupos de três ou quatro, tínhamos a adoração ao Santíssimo. (…)
Quero ainda dizer que aqui me fiz homem. Aprendi a fazer de tudo. Barbeiro no Abrunhal; Banheiro nas termas do Cró; Aí também fui carpinteiro, canalizador e eletricista; Aprendia a ‘picar’ as pedras da moagem que faziam farinha da qual se fazia o pão. Desloquei-me com o Sr. P. Henrique ao Outeiro de S. Miguel para dar um jeito às pedras das mós. Daqui levei a carta de condução. Lembro o Fundador desta Obra que conheci pessoalmente (…) Recordo a Srª Dª Candidinha, Dª Alfreda, O Senhor Pe. Henriques, sempre atento aos nossos problemas.
 (…) Foi Graças a toda esta gente, que cuidou de nós, que hoje somos o que somos. Por isso aqui estou a dar o meu testemunho e a deixar o nosso agradecimento. Eu sou mais lobo vestido de pele de ovelha. Assim me sinto…
Termino dizendo que quase diariamente, peço a Deus por intercessão do seu Servo D. João de oliveira Matos por todos os servos e servas da Liga já falecidos, seus superiores e seus familiares, suas obrigações e almas do Purgatório…
A esta Casa de trabalho de Jesus, Maria e José e a todos os colaboradores, agradeço tudo o sei e o que sou. O meu, muito sincero, obrigado.
Rochoso, Festa da Liga 31/08/2019
António Sérgio Aguilar do Nascimento
(É extrato do testemunho realizado. (quase completo, gentilmente cedido e autorizado a publicar)







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