É preciso que, a Luz Divina brilhe sempre dentro de nós e nos faça realizar o que for mais perfeito.
UMA PARÁBOLA (e pouco mais)
UMAPARÁBOLA (E POUCO MAIS )
Durante vários dias de férias, percorri algumas das muitas
ruas e estradas da Figueira da Foz. Mas na manhã desse dia tinha traçado um
outro destino. Quis pôr as notícias em dia e, para o fazer, nada melhor do que
ir até à biblioteca. Fundada em 1910, esta é para mim um lugar aprazível,
silencioso, com uma grande área, bem apetrechada, polivalente em serviços
diversos, boa localização e sempre convidativa a uma horazita de lazer.
Nela sinto-me bem. Além disso, faz-me recordar um dos seus
ilustres fundadores e que à Liga dos Servos de Jesus diz muito: o Dr. Alberto
Dinis da Fonseca.
Nesse dia, e porque o tempo não estava convidativo para a
praia, tive tempo para folhear muitos dos jornais diários, confrontar notícias,
folhear revistas, algumas científicas, outras não tanto. Também conheço o
‘cantinho’ onde o nosso discreto
“Amigo da Verdade” marca presença. Passado algum tempo, mudei
de patamar e procurei os livros recentes. Não demorei muito a encontrar-me com
o livro do mês.
RAÍZES DE VIDA é o título do livro e os seus autores são o
António Bagão Félix e Ana Paula Figueira. Este livro tem como subtítulo:
‘Valores, atitudes e memórias que nos sustentam. Respostas da natureza às
inquietações do homem’. Depressa o folheei
E me entretive com o
seu índice. Gostei dele e da sua temática. Li pequeninos excertos não deixando
de aprender algo mais. Quando o coloquei no sítio devido, reli e fixei o título
e, depois de ter abalado, facilmente a minha imaginação disparou em sentidos
vários…
Recordando os seus cinco capítulos e seguindo a lógica dos
dois autores, sem grande esforço, dei comigo a pensar…
Quando se recolhem os frutos ou estes se perdem no chão;
Quando das flores já ninguém se lembra e, menos ainda, que
sem elas não haveria fruto algum; Quando as folhas, porque caducas, já não
existem; Quando o caule ficou reduzido a nada; Só resta a raiz e esta deve ser
procurada no seio da terra; então há-de ser com fé e na esperança, que se deve
aguardar o renascer da vida, os tempos primaveris e o cântico amoroso do saber
esperar para que, de novo, tudo desabroche e tenha um outro sentido.
São assim os Mistérios de Deus. É assim o Seu Reino. Somos
nós também assim.
Tudo é assim. Não na caducidade, mas sim na renovação de ano
para ano sem
que o que foi volte a ser.
E “sem se saber como (…) dia e noite...”, da raiz há - de
brotar o caule, deste brotarão os ramos, em seguida as folhas, depois as flores
e finalmente os frutos maduros. Depois será o tempo “da recolha feita com
alegria…”. Assim é o ciclo da Vida; assim o ciclo da vida humana; assim o ciclo
do nosso existir.
E, uma vez mais, recordei as Sagradas Letras e o sentido
pleno:
“Mandais, Senhor o vosso ‘vento’ / ‘ruah’ e fazeis novas,
todas as coisas”.
“Retirais-lhe o alento e logo expiram
e ao pó de onde vieram elas voltam.
De novo o concedeis e as recreais
e renovais todas as coisas. (Sal. 103).
DEUS É VIDA E, SEM SE REPETIR, É SEMPRE ÚLTIMO! (entenda-se:
NOVO)
Mas, mais importante que tudo isto, sois Vós, ó Senhor!
Força, Sentido e Raiz de toda a Vida.
À Tua imagem e semelhança, apenas e só, o Teu Amor Criador.
Nesse Amor, tem sentido a VIDA e é n’Ela que tudo acontece:
- mistérios, emoções, sentimentos, atitudes, significados
vários e os valores sempre necessários –
Guarda, 01-08-2019
Assistente Geral da Liga dos Servos de Jesus
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P. Alfredo Pinheiro Neves
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