O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento...
Mês
de Junho. Ainda que nos passe despercebido, este mês marca o meio do ano civil.
Sem nos darmos conta, o tempo “sumiu-se”. Não voltará atrás. Celebrada a Páscoa
há mais de quarenta dias, entramos em junho celebrando a festa da “Ascensão do
Senhor”. Brevemente, ocorrerá a Festa do Pentecostes. Será o Tempo dedicado á
força do Espírito Santo. É tempo de ir, de anunciar, de fazer crescer, de renovar,
de agir, de saber esperar e de recolher, com alegria, os frutos oferecidos pela
Bondade do Senhor. Assim damos relevo ao designado, Tempo Comum. Mas estes
domingos que se seguem ao Pentecostes devem ser marcados como tempo do
Testemunho, da Vida, do Amor e da Paz.
Do testemunho,
pois Deus permanece ressuscitado em mim, na família, na comunidade a que
pertenço e na Igreja, que manifesta, com alegria, a sua conversão diária e a
sua fidelidade à Graça. -mal irá se assim não for.
Da vida,
que caminha sempre, vida que é fonte de renovação, vida que deve ser serviço,
disponibilidade, aceitação e realização.
De amor.
Amor que é nome próprio do nosso Deus. Amor, que mais que cantado por poetas, é
saboreado pelas pessoas mais generosas, mediante a atenção que prestam aos necessitados.
Mas o amor mais sublime é aquele que nos configura ao Amor do próprio Deus para
connosco. Quem melhor fala e escreve sobre ele é o apóstolo Paulo:
“Ainda que eu fale as línguas dos
homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa ou um címbalo
que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça
todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu tenha tão grande fé que
transporte montanhas, se não tiver amor, nada sou. Ainda que
eu distribua todos os meus bens e entregue o meu corpo para ser queimado, se
não tiver amor, de nada me aproveita.
O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é
arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não
procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará. (1ª Cor. 13, 1 ss.).
Deus é mesmo assim e cada cristão, cada pessoa, cada um de nós, deve
procurar identificar-se com este Deus Amor.
De paz. Da paz que é
própria de Deus. Da paz que significa bênção divina. Da paz resultante da
presença de Deus connosco. Paz que é fruto de mútua confiança. Paz gerada por uma
entrega generosa ao Amor. Paz pela certeza
de uma herança peculiar e sem fim. Paz que é dinamismo. Paz que é entrega
constante aos desafios de cada momento. Paz inerente à experiência de quem contou sempre com Ele e não ficou desiludido
Há pois, um caminho a percorrer. Irá ser muito rápido. Tempo muito breve,
pois o tempo não corre, antes “voa”. Só Deus Tem todo o tempo. Por isso a
Eternidade e sobretudo Deus são para sempre. Continuemos a viver, ainda mais,
n’Ele e para Ele.
Guarda,
01-06-2019
Assistente
Geral
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P.
Alfredo Pinheiro Neves
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