"A felicidade que procurais, a felicidade que tendes o direito de saborear tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré,oculto na Eucaristia" Esta foi a felicidade que iluminou toda a vida da Ir. Carmo.
MARIA DO CARMO MARTINS
SARAIVA
Aos noventa e dois anos de idade,
quase a rondar os noventa e três, morreu no Centro de Acolhimento de São João
de Deus, na Guarda a Serva de Jesus, Irmã Maria do Carmo Martins Saraiva.
Nasceu em Vila Nova de Tazem, no ano
de 1924, mês de Fevereiro, dia 14. Oriunda de uma família cristã enamorou-se
dos ideais de D. João de Oliveira Matos, dando entrada na comunidade do
Outeiro.
Para trás deixou tudo. Família,
empregos, amigos e outros interesses para melhor poder responder ao convite de
Jesus, seguindo o Senhor D. João. A sua vida foi-se gastando entre o Fundão
(Preventório) colégio de Gouveia, diocese de Évora (Samora Correia), Seminário
Maior da Guarda e Comunidade de santa Luzia. Ultimamente e depois de ter entrado
no Centro de São João de Deus a sua saúde foi-se debilitando e foi aí que a irmã
morte a veio acolher. Era o dia 10 de Janeiro de 2017.
No dia seguinte presidiu à eucaristia
e ao funeral o P. Alfredo Pinheiro Neves, Assistente Geral da Liga. Presentes também
o reverendo P. Joaquim Álvaro de Bastos e o reverendo Cónego Manuel Pereira de
Matos. Acompanharam os seus restos mortais até ao cemitério velho desta cidade,
muitas irmãs das diferentes Casas da Liga. Comunidades religiosas de outras
Instituições também se fizeram representar.
Da Liturgia Exequial o Assistente pôs
em destaque três aspetos:
·
Nada
nos pode separar do Amor de Deus. Se Deus está connosco quem nos poderá vencer?
Nem a fome, a nudez, os perigos, ou as perseguições; nem o presente, o futuro,
os Principados ou as Potestades; nem a dor ou a própria morte. Só nós nos poderemos separar do Amor de Deus.
Se tal acontecer será terrível. Queremos acreditar que a nossa irmã permanece já
e para sempre no Amor de Deus e nada na sua vida a terá separado de Jesus a Quem
sempre quis servir.
·
No
contexto de epifanias que temos andado a celebrar (Natal, Sagrada Família,
Epifania, Batismo de Jesus) a morte desta nossa irmã foi uma outra epifania,
tanto para ela, a quem Deus definitivamente se revelou, como para nós. Sempre
que alguém “parte”, essa partida constitui-se também sinal da nossa futura
partida. No Evangelho escolhido encontrava-se a oração de Jesus a Seu Pai: “Pai glorifica o Teu Filho”. Ouviu-se
então a voz do Pai: “Já o Glorifiquei e
voltarei a glorificá-Lo”. Esta glorificação de Jesus realiza-se na Sua
morte, na Sua cruz. A Morte e a Ressurreição de Jesus são Epifanias de Seu Pai n’Ele.
também o nosso sofrimento e a nossa morte se hão de tornar verdadeiras
epifanias de Deus.
·
Tal
como o grão de trigo caído na terra morre e dá muito fruto, assim também ao
adormecermos em Jesus com Ele ressuscitaremos e seremos fruto maduro na Casa do
Pai.
Finda a Eucaristia encaminhámo-nos
para o cemitério onde foram feitas as últimas encomendações da irmã Maria do
Carmo. A todos os seus familiares que vieram ao funeral como aos outros que não
puderam vir apresentamos sentidas condolências.
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