No dia 15 de novembro,
cerca de quarenta pessoas reuniram-se,
desafiando a chuva e o vento agreste,
como quem sabe que o encontro vale mais
do que o medo da intempérie.
A Reflexão começou com as pequenas ervinhas,
que nascem nos barrocos,
e até entre as pedras da calçada,
lembrando-nos que a vida insiste,
mesmo nos lugares mais improváveis.
Os pássaros, com a perfeição dos seus ninhos...
e de exemplo em exemplo, começamos a refletir, pensar
Pois estes verbos, junto com a capacidade de amar
são a verdadeira identidade humana.
Contra o consumismo que nos ilude,
contra a ditadura da moda que nos aprisiona,
ergue-se a liberdade de quem sente,
de quem contempla e se abre ao amor.
Só quem não reflete e não pensa,
cede aos ecrãs, redes, vídeos sem fim!
que nos roubam a interioridade.
Se parássemos… apenas um instante…
veríamos que até uma galinha febril,
ao chocar o ovo, revela o mistério de Deus.
E um céu estrelado,
com sua ordem e vastidão,
fala-nos do infinito e de d’Aquele que tudo governa.
Uma semente, ao morrer, explode em vida:
nasce a espiga, e da espiga nasce o pão,
esse Pão que sustenta a humanidade!
Assim também, como a morte da semente
não é um fim, mas é passagem,
não é vazio, mas abundância;
e é explosão de vida; é continuidade …
Refletimos que podemos deixar o medo.
Sim, foi verdade,
neste mês de novembro,
refletimos sobre a morte,
não como sombra, mas como promessa.
E depois, foi a Eucaristia,
seguida de adoração.
Na homilia ouvimos
que Deus prefere viver no coração das pessoas
a ficar limitado nas paredes dum Templo,
mesmo que magnífico…
como o construído por Herodes.
Foi muito bom rever rostos,
foi bom sentir a comunhão.
E já se anuncia o próximo encontro:
dia 10 de janeiro,
quando novamente nos reuniremos
para pensar, refletir, sentir e amar.
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