Bem- aventurados os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus; Bem-aventurados os que sofrem porque serão consolados...
Teresa de Jesus Espinha
No dia 3 de Agosto, cronologicamente com poucas horas de diferença, deixaram as comunidades onde viviam, Santa Luzia- Guarda e Cerdeira do Côa as irmãs Servas de Jesus: Teresa de Jesus Espinha Felizardo e Ana Rita Monteiro Barreiros.
Ana Rita Barreiros
No dia 3 de Agosto, cronologicamente com poucas horas de diferença, deixaram as comunidades onde viviam, Santa Luzia- Guarda e Cerdeira do Côa as irmãs Servas de Jesus: Teresa de Jesus Espinha Felizardo e Ana Rita Monteiro Barreiros.
A
Primeira era natural de Malpartida e desde muito nova se deslocou com o seu pai
para a Cerdeira do Côa onde viveram trabalhando na labuta do dia-a-dia.
Entretanto seu pai acabou por falecer e a irmã Teresinha ficou de “alma e
coração” ligada à Obra do Sr. D. João de Oliveira Matos. Sempre em trabalhos
simples, dedicou-se a todos procurando ser útil e ajudar quem lhe pedisse fosse
o que fosse. Passou pelas mais diferentes casas: Manteigas, Seminário da
Guarda, Lagarinhos , Orca, Centro de Acolhimento de São João de Deus, Celorico da Beira, Santa Luzia.
A Irmã Ana Rita, Natural
de Cerdeira do Côa, deixando seus pais José Barreiros e D. Emília Monteiro,
entrou na Comunidade da Cerdeira e na mesma se gastou servindo, amando e
ensinando muitas e muitas adolescentes que com ela aprenderam “Costura” e
também Catequese. Essas adolescentes moldaram-se com ela e estabeleceram laços
de amizade profunda. Prova disso foi a presença de muitas que fizeram questão
em estar quer no velório quer também na missa Exequial.
A doença foi sua companheira constante. Muitas vezes recorreu
aos serviços médicos e quando, por diversas vezes, a julgávamos de partida
voltava de novo numa doação total ao Senhor e ao ideal do Sr. D. João. A sua “
partida” acabou por de certo modo nos colher de surpresa. Realmente “O senhor virá na hora em que menos
pensarmos…”.
Presidiu à Eucaristia, quer na Cerdeira, quer na Guarda,
o Senhor bispo D. Manuel da Rocha Felício. A Liturgia da Palavra do profeta
Isaías, (25,6 ss) de S. Paulo aos Romanos (8,31 ss) e de S. João (Jo. 12,23,
23-28) permitiu vários pontos de reflexão:
- Em Todos os momentos
da nossa vida há-de ser sempre a Esperança a virtude necessária para nos ajudar
a enfrentar as situações mais diversas.
- Em cada momento, Deus
não deixa de nos chamar para novos serviços na construção do Seu Reino.
- Cabe-nos a nós saber
discernir e aceitar de harmonia com a vontade de Deus e com a força do Seu
Amor.
- Foi deste modo que
estas irmãs na sua simplicidade e dedicação quiseram pautar a sua vida.
Em ambos os funerais estiveram presentes quase uma dezena de
sacerdotes. O Sr. P. Alfredo Assistente Geral da Liga conduziu-as até ao
cemitério Guarda e Cerdeira onde foram sepultadas.
À Família enlutada fica uma palavra de consolo, de amizade e
de certeza das nossa orações por elas.
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