Jesus ressuscitado, nos relatos das aparições, não é reconhecível pela parecença física com Jesus de Nazaré. Daí a dúvida: Poderá ter a aparência, para nós que convivemos com ela, duma irmã que na Liga dos Servos de Jesus foi uma cozinheira dedicada, atenta aos doentes, muito hospitaleira e que viveu no Outeiro - Guarda?
Creio que assim é.
Jesus Cristo, na sua vida terrena é a mais perfeita revelação do Pai. A irmã Dália do Espírito Santo Medeiros, tal como outras pessoas santas com quem convivemos, também foi palavra e revelação de Deus. Nasceu para o mundo em 1941, entrou na Liga dos Servos de Jesus com 30 anos, mudou-se para o céu a 6 de abril de 2021.
Normalmente apagada, a irmã Dália, aparecia na portaria do outeiro para perguntar ao recém-chegado se precisava de alguma coisa, ela a quem estavam confiadas as chaves das dispensas e que, portanto, não fazia essa pergunta por curiosidade, mas porque podia gerar acções concretas, que desencadeava solícita. Outras vezes, dependendo da hora, quem ía à comunidade do Outeiro respondia à pergunta da irmã Dália: “já comeu?”. E, também aconteceu, naquele edificado grande e polivalente, que nós, fossemos por ela inquiridos, “Já encontrou quem precisa?”
Sim, é por estes pequeníssimos diálogos que a associamos, imediatamente, aos Açores. É que todos ouvimos o seu sotoque, a pesar de a ir Dália não ter tarefas que lhe exigissem grande uso da palavra.
E o sorriso? Que forte e genuíno.
Nascia-lhe das horas que passava na adoração ao Santíssimo. Muito fiel a essa missão da reparação diante do sacrário, estava normalmente disponível para substituir qualquer pessoa que não pudesse cumprir a “hora marcada” por forma a que a adoração, diante de Nosso Senhor exposto, fosse contínua, sem quebras, com a presença de, ao menos, uma adoradora presencial.
É assim, continua em comunhão connosco a irmã Dália Medeiros, que foi um para nós um dos rostos de Jesus ressuscitado.
Comentários
Ficamos mais pobres com a sua partida ou talvez órfãos
Vivi no meu outeiro durante anos com esta nossa irmã
A simplicidade a vontade de bem servir a dedicação a obra era notória
Sempre disponível sempre pronta para dizer presente
Durante anos acompanhou muitas das nossas irmãs no calvário da suas doenças a todas de dedicou como se de uma enfermeira se tratasse
Acreditou e semeou a semente recebida do nosso fundador
Transmitiu o com o seu testemunho o modelo de o saber amar o próximo
Numa dedicação exemplar acabou por plantar em cada um de nós que com ela convivemos no seu silêncio no seu olhar genuíno e tão puro a certeza que vale a pena acreditar e amar o Deus que se dá a conhecer nas coisas mais pequenas
Porque passando despercebida acabou por impor um marco que deixa saudades
Tal foi a sua dedicação a nossa Obra
Que outras apareçam para que através do seu exemplo a nossa Obra possa continuar está caminhada feita de muitos que como ela se dedicaram e ajudaram a fazer chegar aos tempos do hoje
Dando ao mundo homens caoaz de impor a diferença no tempo
Tal foi a grandeza espiritual e humanística com que todos nós tivemos oportunidade de receber
Paz a sua alma
Vasco
Em Arrifana
Mais uma se junta a tantas outras numa primavera eterna
Quem teve o privilégio de com está irmã Dália privar acabou por arrecadar mais uma benção
Valeu a pena os teus anos dedicados a esta Obra e ao nosso Outeiro
Valeu a pena o perfume por ela deitado na simplicidade da sua forma de ser
Ao se dar por inteiro a nossa Obra preencheu com classe todos os dias da sua vida
E nós que com ela vivemos acabamos mais ricos com a sua forma de estar
Obrigada
Eterno e merecido descanso junto de Deus nosso pai
Vasco
Como tantas outras se apagou
Mas deixa em nós um reflexo de luz
Quem vira substituir esta nossa irmã
Os anos passam vemos desaparecer tantas das nossas irmãs e poucas ou nenhuma entra para o seu lugar
Até onde irá a liga dos Servos de Jesus com o andamento das coisas
Que Deus lhe dê o eterno descanso
Vasco em Suisse