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«É preciso que Jesus volte a reinar (...) primeiro que tudo no nosso coração» (Acta da Fundação)


CASA DE BUARCOS - FIGUEIRA DA FOZ 

CELEBRAÇÃO DOS 75 ANOS

É deste modo que o biógrafo de D. João de Oliveira Matos, já venerável, faz referência à abertura da Casa de São Pedro Buarcos, Figueira da Foz.


  “ A Liga cheia, de dinamismo, não se detém.
A 7 de Janeiro de 1944, foi criada em Buarcos (Figueira da Foz) a casa de São Pedro.

Para esse fim adquiriu-se um belo edifício na rua de Buarcos, o qual foi ampliado.

O Objetivo da Liga, ao fundar a casa de São Pedro, foi proporcionar ares marítimos às crianças internadas em suas casas, em número de algumas centenas.

O Fundador escolheu aquele local, para, cumulativamente, prestar assistência religiosa à população e aos banhistas, longe de qualquer templo.

A casa de São Pedro, abriu, como todas as outras, com um retiro de preparação pelo fundador. Ao grupo das Servas que rasgaram os caboucos daquela obra extraordinária, marcou a ideia de reparação contrapondo-a aos desmandos da quadra balnear.

Com os anos, a Liga sempre generosa na colaboração com a Assistência oficial, abriu a todas as crianças do distrito e de fora, as portas da Casa de São Pedro.

Simultaneamente, os seus olhos voltaram-se para as crianças da localidade, abrindo para elas o Abrigo Infantil do Imaculado Coração de Maria.

Apenas finda a época balnear, franquearam-se as portas à gente nova de Buarcos e de toda a freguesia. Isto aconteceu logo na hora da arrancada”.

 In: Afonso Sanches de Carvalho,

Um Bispo para o nosso tempo

2ª ed. 1972 (2), P.435-436.



No intuito de assinalar esta efeméride, a Liga dos Servos de Jesus, após convite endereçado a todas as suas ‘casas’, dirigiu-se no passado dia 29 de Junho, dia de São Pedro e de São Paulo, até Buarcos – Figueira da Foz, para assim, de modo festivo, comemorar os setenta e cinco anos da referida casa.

O Autocarro pertença da casa do Rochoso transportou a maioria das irmãs. Outras oriundas de  várias comunidades  (S. Romão, Fátima, Servos externos) compareceram também. Presentes ainda todas as Colaboradoras que trabalham na referida casa.

Dentro da hora prevista, 11.30 horas, foi celebrada a solenidade de S. Pedro e de São Paulo, apóstolos. As intenções da eucaristia foram várias: Primeiro de Ação de graças pelos 75 anos; depois todas as irmãs e demais pessoas que nela trabalharam e ainda trabalham; Uma prece particular por quem celebrava ou recentemente celebrou o dom da vida. Recordou-se, de modo particular, a Ir. Maria José Martins, sepultada na Guarda, no dia anterior  (28-06-2019). Fora Coordenadora local na Casa que nos acolhia.


Presidiu o Assistente Geral, Pe. Alfredo Pinheiro Neves e concelebrou o reverendo Senhor Pe. Nogueira. Os cânticos litúrgicos devidamente adequados à solenidade foram entoados pelos presentes.

Na homilia, o presidente da celebração evocou a pessoa de São Pedro e de São Paulo. Tendo sido dado a Pedro o “poder das chaves” a verdade é que estas só se tornam eficazes quando “cópia verdadeira” daquelas que Jesus possui e com as quais domina a “Morte e o Abismo”. Só as chaves do Amor, do Serviço e do Dar a vida abrem as portas do Reino celeste. Outras não servem. E mesmo para ser liberto dos grilhões do cárcere Pedro foi socorrido por um anjo, verdadeira “chave” enviada por Deus para esse efeito. (1ª leitura). Daí o salmo o Senhor liberta, os que n’Ele confiam.

Também Paulo, o homem do combate e da espada, se despede do seu amigo Timóteo convicto de que apenas lhe resta receber a Herança, a Justiça, a coroa da vida, e o Amor de Deus. Por si mesmo, Paulo nada conseguiu. Só a partir do momento em que considerou todos os seus bens como ‘Lixo’, para ganhas a Cristo seu Senhor, conseguiu tudo. Deste modo a sua vida transformou-se e tornou-se total doação para ‘conseguir o maior número de pessoas para Deus’. (2ª leitura).

O Presidente da Eucaristia evocou, ainda a figura de D. João de Oliveira Matos,  que à semelhança destes apóstolos, também serviu a Deus e a Seu Filho, até ao combate derradeiro, servindo os irmãos. Nesse sentido realizou o ‘sonho’ desta casa.

Antes de terminar a Eucaristia o Senhor P. Nogueira deixou o seu testemunho pessoal acerca de todo o bem realizado pelas irmãs que nela trabalharam. Evocou e caracterizou cada uma delas na peculiaridade com que cada uma serviu o Senhor.

A Festa prosseguiu com o almoço primorosamente confecionado e servido pela casa de S. Pedro. Uma palavra de apreço pelo trabalho realizado e coordenado pela irmã Custódia. Foi um convívio pleno onde houve tempo para celebrar o aniversário da irmã Julieta, Coordenadora  da Casa de Trabalho Jesus, Maria e José – Rochoso.

O tempo passou-se bem depressa. Deixou-se espaço e tempo livre para cada qual o gerir da forma que entendesse.

A hora do regresso ficou agendada para as dezassete horas.

Pelo caminho celebrou-se Maria, tal como na viagem da manhã se celebraram os Apóstolos com a Hora litúrgica de Laudes.

Regressámos bem e chegámos ao nosso destino. Um agradecimento singular ao senhor Joaquim, motorista.

Nesta festa e sempre o mais importante que tudo:

“É NECESSÁRIO QUE ELE REINE”


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