Avançar para o conteúdo principal

O Papa Francisco ensina-nos que a Paz assenta sempre pelo menos em quatro pilares fundamentais. São eles: a humildade, a ternura, a generosidade e a paciência



                                           A PAZ
Deus apresenta-se sempre seja a quem for como Paz por excelência e a fonte dela própria. Quando Ele se relaciona com a humanidade, de imediato se define como Aquele de Quem não há que ter medo:
- “ Não temais”. Ou ainda “ Não temas, pequenino verme de Israel eu venho para te libertar!”.
Sabemos que o homem raramente age desse modo. Logo no início Adão se queixava a Deus: – “ a mulher que Tu me destes…”; Também Caím acerca do paradeiro de seu irmão Abel, depois de ele próprio o ter morto, recalcitrava: - “serei eu porventura o guarda do meu irmão?!”.
Muitas vezes aparecemos e somos fonte de guerras, dissensões e de discórdias para os outros. Olhamos a História da humanidade e ela está repleta de guerras sem conta e nas suas mais diferentes expressões. Hoje e sempre a violência é terrível realidade. Que dizer então dos chamados “homens bomba” ou dos tresloucados e assassinos “condutores” de camiões por meio de uma multidão desprevenida? Que dizer do uso de armas químicas ou das armas de destruição massiva? E das guerras psicológicas? Há terror por toda a parte.
Quando Jesus nasceu foi aclamado pelos anjos que cantavam: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.
Mais tarde, Jesus Cristo definiu nas bem-aventuranças que os construtores da Paz serão chamados Filhos de Deus. Deus é realmente a nossa Paz.
O ano que finda e tantos outros que já passaram foram marcados pela violência, pela morte e pela destruição. Quem nos dera que este novo ano de 2017 fosse um ano de Paz. Sabemos de modo antecipado que o não vai ser. Mas da parte que a Deus diz respeito, tal como os outros, este Novo Ano será marcado também ele pela Sua Bênção, pelo “Shalom” que Deus é em si e para todos nós.
O Papa Francisco ensina-nos que a Paz assenta sempre pelo menos em quatro pilares fundamentais. São eles: a humildade, a ternura, a generosidade e a paciência.
Se estes pilares se exigem a todos os que semeiam e constroem a Paz, com mais vigor se hão-de encontrar e pedir a todos os que se declararem Cristãos. Não é verdade que sempre que o Ressuscitado se revelou aos discípulos (e nós também o queremos ser) a Sua saudação foi sempre: “ a paz esteja convosco”? Que fazemos desta Paz oferecida por Jesus?
Se queremos que a Paz reine em nós, então têm de existir em nós os quatro pilares indicados pelo Papa.
Humildade. Ninguém pode dar a paz sem humildade. Onde há orgulho há sempre a guerra, o desejo de vencer o outro e de se crer ser superior aos demais. Ternura. Como esquecemos muitas vezes a capacidade de falar a todos com verdadeira ternura. Paciência, sempre pronta a suportar os defeitos dos outros. Generosidade. Uma generosidade do tamanho e à semelhança do grande “coração de Cristo”. É nesse coração que “todos nós encontramos lugar”.
“ O espírito do mal semeia guerras. Os ciúmes, invejas, lutas e mexericos são coisas que destroem a Paz” - acrescentou o Papa.
Eis mais um desafio que se nos apresenta para o Novo ano que estamos a iniciar. Conseguir realizar este desafio é Graça de Deus e há-de ser também sinal da nossa colaboração com essa Graça divina.
Se me permitem deixo a pergunta: Não estarão estes quatro pilares impressos nas Regras do Sr. D. João? Com um pouco de boa vontade, havemos de os encontrar. A generosidade espelha-se pelas vinte e oito regras e serve-lhes de “pano de fundo.
A todos (as) um Bom Ano repleto de Paz.

Guarda, 2017-01-01

_________________
                                                                           P.Alfredo Pinheiro Neves

(Assistente Geral)

                                                                                                                            Boas Festas!                            


   


[1] Uma pequenina ajuda: Regras: VII; XII; X; V,VII,X; XXVI.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Celebração do 101.º Aniversário da Liga dos Servos de Jesus com Enfase no Jubileu e na Centralidade da Pessoa Humana

A Liga dos Servos de Jesus assinalou no dia 11 de fevereiro de 2025 os seus cem anos mais um. O 101.º aniversário havia já sido assinalado, através de oração de ação de graças, no dia 13 de fevereiro, na capela de São Pedro da Guarda, com adoração ao Santíssimo Sacramento. Outras iniciativas pessoais e comunitárias terão, com certeza, lembrado a efeméride, mas o ponto alto, em que toda a Liga – Servos internos, externos, simpatizantes – foi convidada a reunir-se, aconteceu no dia 15 de fevereiro, no Outeiro de São Miguel. Pelas 15h00 teve iniciou a recoleção em que foi orador o Superior Geral, D. Manuel da Rocha Felício. Introdutoriamente, explicou que nos reuníamos para assinalar 101 anos que “fazem parte, de certa maneira, de os que aqui se encontram”, já que prevalece o “Carisma que nos toca, e de que maneira, a todos nós”. Aproveitou ainda para saudar o Pe. Manuel Igreja Dinis, além presente, lembrando que o Centro de Espiritualidade, que o sacerdote dirige, “tem uma importância ma...

Celebração em Ação de Graças pelos 101 anos da Fundação da Liga dos Servos de Jesus

Hoje, 13 de fevereiro, amigos, simpatizantes e membros da Liga dos Servos de Jesus reuniram-se na capela de São Pedro, na Guarda, em ação de graças pelos 101 anos da Fundação da Liga. Não sabemos se foi em resposta ao convite da coordenadora Geral, Irene Fonseca, ou a outros sinais do Espírito Santo, mas muitos se juntaram para celebrar.   A oração foi presidida pelo reverendo P.e Alfredo Pinheiro, que conduziu a hora santa com a profundidade a que já nos habituou. Além do guião com cânticos, monições e leituras bíblicas, escolheu também textos do venerável D. João de Oliveira Matos. A celebração foi um momento de profunda união entre Deus e todos os presentes, refletindo a importância da Eucaristia na vida da Liga dos Servos de Jesus ao longo de mais de um século de existência. Que este tema escolhido: "A vida" continue a fortalecer a fé de todos os que se juntaram para celebrar esta data significativa, bem como aqueles que quereriam mas não puderam estar presentes.  No ...

homenagem e respeito pelo legado de Hipólito Monteiro Oliveira.

 A 5 de novembro de 2024, partiu para a Casa do Pai, após doença prolongada, o servo externo Hipólito Monteiro Oliveira, com 86 anos (20/08/1938). Era filho de José Oliveira e Ilídia Monteiro, de uma fratria de quatro irmãos, casado com a senhora D. Maria de Lurdes Pina. Era pai da senhora D. Margarida Maria Pina Oliveira e de José Manuel Pina Oliveira, ambos funcionários nas bibliotecas de Sabugal e Cantanhede. Falava com muito orgulho das suas netas optometristas, filhas da D. Margarida, e do seu neto médico anestesista, filho do senhor José Manuel. O senhor Hipólito foi sempre um homem dedicado ao trabalho nas suas múltiplas funções, das quais destacamos: construía as suas casas, que dizia serem para os filhos, mas, se surgisse uma oportunidade rentável, fazia negócios para assegurar a saúde financeira da família. Era, para a Igreja e para obras de caridade, um generoso e bom contribuinte. Exerceu ainda a atividade de fotógrafo e encadernador, com oficinas montadas. Era um homem...